Mãe de Isis Valverde conclui parte do tratamento de câncer e ganha festinha; atriz participa virtualmente

Mãe de Isis Valverde conclui parte do tratamento de câncer e ganha festinha; atriz participa virtualmente

Redação Alô Alô Bahia

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Redação Alô Alô Bahia, com informações da QUEM

Reprodução

Publicado em 03/10/2024 às 17:24 / Leia em 4 minutos

Rosalba Nable, mãe da atriz Isis Valverde, concluiu nesta quinta-feira (3) suas sessões de quimioterapia. A pedagoga, que há alguns meses foi diagnosticada com câncer de mama, ganhou uma festinha no hospital. Além de profissionais da área da saúde, ela estava acompanhada do namorado, o analista de desenvolvimento de sistemas Carlos Wanderson. Já Isis participou por chamada de vídeo.

“‘O fim da quimioterapia é quase como abrir as janelas e encher os pulmões de ar puro.’ Acabou. Foi a última e espero que seja também a última de toda a minha vida. Foram 8. De 15 em 15 dias. Exames de sangue 2 dias antes da infusão para verificar se meu corpo estava apto para a medicação. E estava. Mesmo eu achando que não“, começou dizendo.

“Geralmente, um catéter é colocado logo abaixo da clavícula para pacientes corajosos (não sou). Em pacientes com câncer de mama do lado esquerdo (meu caso), o catéter é colocado no lado direito. É necessário um jejum de seis horas, inclusive para líquidos, antes da colocação através de um procedimento cirúrgico considerado simples, realizado pelo cirurgião vascular. O paciente é sedado e com anestesia local o cirurgião faz um pequena incisão no pescoço por onde ele coloca o catéter. Em sua maioria, é possível ir para casa no mesmo dia do procedimento”, explicou.

Após receber essa explicação, Rosalba decidiu não fazer o procedimento. “Entrei em pânico e optei por não usar o cateter que tem como função evitar os efeitos dos medicamentos (quimioterápicos) na veias do braços, que podem causar inflamação das mesmas, dor no momento da aplicação e no futuro dificuldade em puncionar as veias”, comentou.

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“Conclusão: cada escolha uma consequência. Para receber o medicamento sem o tal catéter eu levava no mínimo, uma agulhada. Cheguei a levar 3 em uma única vez. Mas preferia não estar com ele aqui no meu corpo. Seria demais para minha cabeça que odeia agulhas ou similares. Nos dias seguintes da quimioterapia mais uma agulhada na barriga para ajudar nos efeitos colaterais (a agulha é a mesma da insulina e arde um pouco). Eu quero crer que valia a pena porque se com essa injeção os sintomas vinham, imagina sem ela.”

“É morrer para renascer”

Nos próximos 15 dias, a mãe de Isis explicou que ainda apresentará efeitos colaterais como: boca seca, gengivas com aftas em toda a extensão, intestino completamente imprevisível, dermatite generalizada, estômago também muito instável, dores de cabeça, náuseas, uma fadiga extrema por vezes e perda dos cabelos.

“Cheguei a conclusão de que a frase de um amigo (que também passou por isso) é a verdadeira realidade da quimioterapia: ‘Matar um rato com uma bomba’. A esperança é aniquilar todas as células ruins, mas as boas vão junto. É morrer para renascer. Continuei com os exercícios físicos (quando o corpo aguentava ficar de pé), muita água e horas e horas de sono (dormir era o melhor programa). Isso realmente ajudou muito“, contou.

“Também tenho recebido muitas mensagens de muitas mulheres que já passaram pelo mesmo pesadelo; que estão passando ainda ou que estão vivendo isso com mães, filhas, irmãs e amigas. Leio todas as mensagens que terminam sempre com desejos de cura e oração. Isso tudo acalenta o coração e traz a sensação, egoísta e sádica até, de não estar sozinha(eu preferiria estar, sem demagogia). Mas somos humanos e hoje (ainda lá no hospital) pedi a Deus a piedade divina por todas nós”, acrescentou.

Prossigo aqui sem gratulação, ingrata que sou, dirão. Mas não vou mentir. Só existe em mim um alívio profundo por este ciclo ter acabado, pois minha fobia de hospitais não acabou, acho até que aumentou, porque ressignificou minha certeza sobre a tamanha dor que ali habita. E dessa vez, na minha pele. Agora, após 15 dias, vão se iniciar as radioterapias. Vou iniciar também o bloqueio hormonal por longos 10 anos. Vamos juntas, mas agora, de janelas abertas. Portanto, respire fundo”, concluiu.

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