Obras de Mário Cravo Júnior são destaque em importante mostra de arte no Rio de Janeiro

Obras de Mário Cravo Júnior são destaque em importante mostra de arte no Rio de Janeiro

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Reprodução

Publicado em 20/09/2024 às 08:21 / Leia em 2 minutos

A Acervo Galeria de Arte, única representante da Bahia na Feira de Arte do Rio de Janeiro 2024, apresentará ao público o projeto expositivo de Mário Cravo Júnior (1923-2018), com texto crítico e curador de arte João Victor Guimarães. Considerada um dos mais relevantes eventos do calendário das artes da América Latina, a ArtRio realiza a sua 14ª edição entre os dias 25 e 29 de setembro, na Marina da Glória, na capital fluminense. 

Na curadoria, estarão expostos pinturas, desenhos, estudos e esculturas do renomado artista baiano, que influenciou gerações de artistas, não apenas pintores e escultores, da Bahia e do Brasil, como Sante Scaldaferri, que o definiu como “o artista mais importante para o conhecimento e divulgação da arte moderna na Bahia“.

As obras de Mário Cravo Júnior selecionadas manifestam, assim como grande parte da sua produção, uma dimensão pública, pelo fato de terem sido desdobradas em esculturas expostas ao ar-livre ou por se referirem a “um signo-símbolo religioso popular”, como reforça João Victor Guimarães. Um dos exemplos é a escultura de parede, de 1984, que representa a Via Crucis e da qual resultou o Monumento da Cruz Caída, inaugurado em 1999, no Pelourinho, na capital baiana, em memória da Igreja da Sé.

Via-Crucis-M-rio-Cravo-J-nior

Via Crucis – Mário Cravo Júnior

Expressões religiosas populares como essa foram vastamente exploradas por Mário Cravo Júnior também quando as contribuições africanas e afro-brasileiras são percebidas mais nitidamente, como é o caso do candomblé. Exu, orixá dos trânsitos, comunicações, ruas e tráfegos, todos são elementos muito presentes nas suas produções.

Mário Cravo Júnior jamais deixará de ser o atento observador do mundo e artista que alinhou perspectivas e práticas de forma insistente e acumulativa com o raro potencial de fundi-las em si e espraiá-las pelo seu mundo. O mais coerente com o nosso tempo e com sua produção é que sua obra seja revisitada e relida quantas vezes mais mereça e se faça necessário”, defende João Victor.

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