Volta do horário de verão pode gerar caos na aviação, alerta CEO da Latam

Volta do horário de verão pode gerar caos na aviação, alerta CEO da Latam

Redação Alô Alô Bahia

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Divulgação

Publicado em 17/09/2024 às 18:20 / Leia em 2 minutos

Com as queimadas e secas se alastrando pelo país, o Governo Federal voltou a cogitar, de última hora, o retorno do horário de verão. A notícia, no entanto, não foi bem recebida no mundo da aviação.

O CEO da LATAM Brasil, Jerome Cadier, apontou que o setor será bastante prejudicado caso a medida seja tomada. O executivo chegou a ventilar a possibilidade de um caos aéreo.

O principal problema é a falta de antecedência do anúncio da medida.

“Quando colocamos um voo à venda, definimos todos os voos que conectam entre si para levar e transportar os clientes da melhor forma possível. Os horários de voos internacionais dependem na sua maioria de “slots” nos aeroportos internacionais (hora precisa de pouso ou decolagem autorizada). Estes “slots” são atribuídos às cias aéreas com muita antecedência e não mudam. Se soubermos com bastante antecedência da implantação do horário de verão nos diversos países em que operamos, o planejamento da empresa já os leva em consideração: vendemos o horário que será de fato operado”, afirma Jerome em seu LinkedIn.

Ele continua e fala que a falta de antecedência irá gerar um caos no setor: “agora, se com poucos meses de antecedência, o Brasil decide implantar o horário de verão, todos os voos que conectam este país com os demais (que não mudam de ideia como o Brasil) serão afetados e terão seus horários de partida e chegada alterados. Por consequência, também precisaremos alterar os horários de todos os voos domésticos de conexão. Aí está o inferno: muda a programação inteira e os milhões de clientes que já compraram passagens vão ter seus voos alterados”.

Em 2019, o governo havia sido pressionado pelo setor aéreo ainda em abril para decidir se cancelaria ou não a volta do horário de verão, exatamente para dar tempo de fazer um planejamento adequado com menor impacto para os passageiros, funcionários e toda a operação. A decisão acabou sendo antecipada exatamente para dar uma previsibilidade maior às companhias aéreas.

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