Pratas da casa: no Dia do Estagiário, conheça histórias de baianos que têm feito sucesso desde o início da carreira

Pratas da casa: no Dia do Estagiário, conheça histórias de baianos que têm feito sucesso desde o início da carreira

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Maria Marques

Reprodução/Acervo Pessoal

Publicado em 18/08/2024 às 17:11 / Leia em 7 minutos

Que ninguém nasce sabendo, isso já não é novidade para ninguém. Mas aprender uma profissão ao lado de grandes profissionais ou dentro de empresas respeitadas é um privilégio conquistado à base de muito esforço – e por que não vocação? É o caso de Edu Alves, repórter estagiário do programa Band Mulher, comandado por Pâmela Lucciola, na TV Band Bahia, e foi o ocorrido com Maria Eduarda Gedeon, ex-estagiária e hoje estrategista digital e de inovação na N.ideias, negócio de Nizan Guanaes voltado à consultoria de comunicação para grandes empresas.

Por mais que haja uma hierarquia nessas relações, para Nizan é como se Duda fosse ora sua pupila, ora sua mentora. Ela começou a estagiar na N.ideias no início da pandemia, em 2020 e, ao longo desses quatro anos e meio, a dupla fez prosperar uma relação divertida e de aprendizado mútuo. “Costumo dizer que ela me ensina sobre o novo mundo, enquanto eu trago a visão da experiência. Me sinto um pouco como o Robert De Niro no filme ‘O Estagiário’ quando trabalho com ela. Aprendo muito com essa nova geração, mas também é gratificante vê-la se surpreender com o que posso oferecer”, contou Nizan ao Alô Alô Bahia.

O publicitário reconhece que a diferença geracional entre eles é ingrediente-chave para se chegar a estratégias arrojadas, que, aliás, são o carro-chefe da N.ideias. “Existem aspectos que só os jovens entendem, e outros que a experiência dos mais velhos sabe como aplicar. Essa complementaridade é vital hoje em dia, unindo a sabedoria dos mais velhos com a energia e a vivacidade dos jovens. Duda me desafia e me ensina todos os dias, o tempo todo, e acho isso fantástico. Nada disso seria possível se ela não fosse tão aberta a novas ideias. Além disso, ela me protege de mim mesmo”, articula o CEO, bem-humorado.

Nizan e Duda | Foto: Acervo Pessoal

Baiana, assim como o seu chefe, Maria Eduarda adentrou ao universo da N.ideias ainda remotamente, de Salvador. Hoje, com CEP fixo na cidade de São Paulo, cidade onde fica a sede da empresa, trabalha lado a lado com Nizan e o enxerga como um “professor de vida”, tanto profissional quanto pessoalmente. “Nizan é um dos grandes nomes do mercado, com uma experiência absurda. O convívio diário com ele me permite aprender muito. No lado pessoal, ele me ensinou a importância da atividade física e outras lições valiosas que tenho certeza de que levarei para a vida. Se eu pudesse destacar duas características que aprendi com Nizan, seriam: disciplina e o lifelong learning“, descreve ela.

Uma trajetória parecida com a de Maria Eduarda é a do também baiano Gerson Leite, primeiro homem negro a assumir o cargo de líder de uma unidade da Dow no Brasil. Ele ingressou na gigante da indústria química em 1989, como estagiário, recém-graduado em engenharia química pela Universidade de Salvador. Trinta e cinco anos depois, em 2024, sua competência e dedicação culminaram na liderança da fábrica de silício metálico da Dow em Breu Branco, no Pará.

Ao longo dessas quase quatro décadas, Gerson construiu uma carreira brilhante na Dow. Começou como engenheiro de produção, depois assumiu a liderança de operações, e posteriormente, a liderança de manutenção do complexo de Aratu, na Bahia. Mais recentemente, Gerson ocupava o cargo de líder de produção da unidade de mineração localizada em Vera Cruz, na ilha de Matarandiba, também aqui na Bahia, até ter a sua maestria novamente validada com a promoção para Breu Branco. “Cada etapa foi um aprendizado e sempre busquei contribuir com o melhor”, rememora ele.

Gerson Leite é primeiro homem negro em cargo de liderança da Dow no Brasil | Foto: Divulgação

Cá em Salvador, quem está seguindo esse caminho de sucesso, de maneira notável, é Edu Alves, figura carimbada e conhecida nas tardes da programação da Band Bahia. Amadrinhado pela apresentadora do Band Mulher, Pâmela Lucciola, com quem divide o estúdio e a labuta há três anos, Edu tem sido aplaudido pelo seu empenho absoluto ao programa e até já conquistou quadros fixos na grade da atração.

Edu e Pam Lucciola | Foto: Acervo Pessoal

“De vez em quando eu até preciso dar uma freada, procuro saber da frequência na faculdade e como estão as notas, para que ele saiba que todas as etapas do aprendizado são importantes. Mas fico muito feliz de ver os olhos dele brilhando toda vez que ele vai para frente das câmeras, e me sinto inspirada por ele também“, declara Pam, em conversa com o Alô Alô Bahia.

Mas ele não deixa a peteca, ou melhor, o coeficiente de rendimento cair. Por causa da rotina puxada que envolve fazer televisão, Edu até optou por migrar de instituição de ensino para não atrapalhar o curso de jornalismo. Passou, então, a frequentar a faculdade à noite. É que ele chega aos estúdios da Band pela manhã e prepara as pautas que serão abordadas no programa ao vivo, iniciado à uma da tarde. Depois, ainda tem fôlego para ganhar as ruas e fazer gravações externas. “É uma das partes que eu mais gosto, inclusive: é o momento em que tenho contato direto com quem acompanha o meu trabalho”, frisa o repórter novato  – com postura que se equipara com a de bons veteranos.

“Eu sou um estagiário ousado”, admite Edu, aos risos. “Estou em um lugar que sempre sonhei estar. Por isso, tenho realizado muita coisa que, talvez, se não fosse a minha persistência e força de vontade, eu demoraria um pouco mais para realizar. E eu sei que isso exige de mim muita responsabilidade e comprometimento. São coisas que a gente vai ganhando no caminho através destas experiências, e com isso a gente vai construindo essa tal carreira dos sonhos”.

O percurso em direção ao olimpo profissional não é trilhado sem percalços, como Edu faz questão de enfatizar aos estagiários como ele. Aos comentários maldosos e preconceituosos que rondam a atividade do estágio, a exemplo do popular jargão “a culpa é do estagiário”, ele dá o recado e esbanja maturidade. “Enquanto estagiário a gente pode muita coisa, inclusive errar. E está tudo bem! Esse é o momento. Quando a gente foca no propósito, as coisas fluem com mais facilidade”, pondera.

E emenda: “Sempre faço o exercício de entender quem está ao meu lado e pode contribuir positivamente para o meu processo de construção. Me apego a essas pessoas, escuto, troco muito e sigo nutrindo o que é bom. São coisas que fazem a diferença e tiram a força desse tipo de comentário. Tenho o prazer de trabalhar com profissionais incríveis, que entendem a importância do estagiário dentro da organização e que apoiam, incentivam e nos colocam pra cima! Isso é massa! Sou feliz demais por isso! E sei que quando tudo passar, vou sentir muito orgulho do que plantei enquanto estagiário“.

Cheia de orgulho, Pâmela encoraja o voo de Edu, mesmo que ele bata as asas para longe do ninho, sabendo pousar, com autoconfiança, de volta ao solo: “Fico brincando que já, já vão roubá-lo do Band Mulher! E o que eu desejo a ele é isso: oportunidades de experimentar as possibilidades que o jornalismo dá. Porque trabalhar com TV não é fácil, exige muito da gente. Desejo calma e sabedoria para que ele mantenha sempre os pés no chão e atento ao que está por vir! E com certeza enxergo um futuro de muitas realizações para esse garoto esperto”.

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