Câmara de Vereadores de Salvador aprova projeto que proíbe celulares em salas de aula

Câmara de Vereadores de Salvador aprova projeto que proíbe celulares em salas de aula

Redação Alô Alô Bahia

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Divulgação

Publicado em 17/12/2024 às 17:16 / Leia em 3 minutos

O uso de aparelhos celulares e eletrônicos com acesso à internet em salas de aula está proibido em Salvador com a aprovação do Projeto de Lei (PL) 302/2023, ocorrida nesta terça-feira, 17, pela Câmara de Vereadores. De autoria do vereador André Fraga (PV), o texto apoiado pelos pares deve aguardar sanção da Prefeitura e seguir para as instituições públicas e privadas de ensino da pré-escola ao ensino médio.

“Ao proibir os celulares em salas, estamos estimulando um ensino mais centrado, mais focado, além de incentivar a implementação da educação digital em nosso município. Porque não podemos negar o acesso mas, sim, auxiliar os jovens a terem mais consciência no uso dos eletrônicos”, afirma Fraga.

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André Fraga

O projeto aprovado veta telefones celulares nas salas de aula e demais dependências das escolas, ao mesmo tempo que garante a autorização do uso para fins pedagógicos ou em conteúdos aplicados em local específico. Além disso, também concede o uso para estudantes que possuam alguma deficiência ou transtorno de saúde que exija supervisão médica, desde que comprovada a necessidade e autorizado pelos pais ou responsáveis.

Os dispositivos eletrônicos poderão ser guardados em mochilas próprias dos estudantes, mas em modo silencioso, sem vibrações ou desligados durante todo o período de aulas. Já as instituições educacionais deverão instalar placas que informem tanto a proibição como o número da lei. E em casos de descumprimento, elas terão que aplicar sanções mencionadas em regimento próprio ou em cartilhas.

Com isso, Salvador entra para o número de cidades que proíbem ou limitam o uso do aparelho, a exemplo do Rio de Janeiro e São Paulo, assim como 86% dos brasileiros que apoiam a restrição dos celulares, de acordo com o levantamento da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados.

“O que se espera é que os impactos nocivos do uso indiscriminado das telas sejam reduzidos. Então, creio que impor regras e limites vai na onda de uma tendência que é global e necessária. Inúmeros países desenvolvidos, como Suíça e Austrália, já proíbem, e aqui no Brasil estamos entendendo a necessidade disso também”, complementa o vereador.

No final de outubro deste ano, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados também aprovou a proibição do porte dos aparelhos em escolas, que ainda precisa ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania, além de votada pelos deputados e senadores.

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