Estudantes baianas criam copo sustentável a partir da mandioca e da cana

Estudantes baianas criam copo sustentável a partir da mandioca e da cana

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Reprodução

Publicado em 02/12/2024 às 11:44 / Leia em 2 minutos

Com o objetivo de contribuir para a redução da produção de resíduos plásticos, as estudantes Karoline Silva, Marília Hellen de Oliveira e Sebastiana Kaury de Souza, do Centro Territorial de Educação Profissional da Bacia do Rio Corrente, em Santa Maria da Vitória, desenvolveram um copo biodegradável feito de amido de mandioca e bagaço de cana. A iniciativa tem como objetivo promover o desenvolvimento socioeconômico, preservar o meio ambiente e valorizar o ecossistema local. A ideia surgiu porque o amido do nosso produto, que vem da mandioca, é abundante em nossa região, assim como o bagaço de cana, que usamos como fibra por ser um material descartado. Ou seja, a produção pode reduzir não só os resíduos plásticos, mas também agregar valor à cadeia produtiva da mandioca”, afirma Karoline.

Um dos diferenciais do projeto, nomeado de EcoGrasp, é a inclusão de uma semente na parte inferior do copo, que, ao ser descartado na natureza, pode germinar. “A semente no nosso produto simboliza uma nova esperança para algo que poderia ser descartado de forma inadequada, trazendo possibilidades para impactos ambientais positivos. Usamos sementes de plantas frutíferas e espécies ameaçadas, como o pau-brasil e a aroeira. Futuramente, queremos incorporar sementes de outras plantas dos biomas brasileiros”, diz Marília Hellen.

A estudante Sebastiana explica ainda que o EcoGrasp, desenvolvido com orientação do professor Pablo Moura, está em fase de testes e tem melhorias previstas para os próximos meses. “Realizamos uma pesquisa bibliográfica e iniciamos os experimentos no laboratório, e ainda estamos nesse processo de testes. Pretendemos aprimorar a escala de produção e realizar os testes sensoriais e mecânicos nos meses seguintes. Com esses ajustes, esperamos viabilizar sua utilização no mercado”.

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