Casa da Mulher Brasileira atende mais de sete mil vítimas de violência em menos de um ano

Casa da Mulher Brasileira atende mais de sete mil vítimas de violência em menos de um ano

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Thuane Maria/GOVBA

Publicado em 07/10/2024 às 14:58 / Leia em 3 minutos

Em menos de um ano, a Casa da Mulher Brasileira atendeu sete mil vítimas de ameaça, ofensa, assédio, tortura ou agressão. O serviço, que possui gestão compartilhada entre os governos Federal, Estadual e Municipal, foi iniciado em dezembro de 2023 e funciona 24h por dia, no bairro Caminho das Árvores, em Salvador. O equipamento integrado e gerido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres conta com Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, Ministério Público, Batalhão de Proteção à Mulher, Ronda Maria da Penha, serviço de acolhimento psicossocial, central de abrigamento temporário para mulheres com risco eminente de morte e brinquedoteca.

De acordo com a coordenadora estadual do espaço, Ana Clara Auto, os serviços mais procurados são aqueles oferecidos pela Deam e Defensoria Pública. “Só no mês de agosto, foram 569 denúncias recebidas pela delegacia especializada e 539 demandas de apoio jurídico. Mais de 200 medidas protetivas foram expedidas de modo emergencial pela Justiça. O trabalho em conjunto dos órgãos tem facilitado a concessão do documento em até quatro horas”, explicou.

Fragilizada após receber tapas do ex-companheiro, com quem era casada há 30 anos, uma comerciante que buscou atendimento no espaço elogiou o suporte oferecido. “Estava no celular e ele me agrediu do nada. Me senti humilhada. Procurei a Casa da Mulher Brasileira, registrei uma denúncia na delegacia e solicitei a medida protetiva, que em pouco tempo foi liberada. O local é bem organizado. Fui bem atendida e acolhida por todos os profissionais”, contou.

 

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Casa da Mulher Brasileira

 

Expansão dos serviços de atendimento à mulher na Bahia

 

Além da Casa da Mulher Brasileira, a SPM também trabalha com o enfrentamento à violência nas Salas Elas à Frente. Em Salvador, é possível encontrar suporte psicossocial nesses espaços, situados na Base Comunitária do Calabar e na Estação de Metrô Pirajá. No interior do estado, já foram instaladas em Cachoeira, São Domingos e Itabuna. Já as Unidades Móveis percorrem regiões do interior do estado.

“A nossa sala tem o poder de inibir diversos tipos de situações aqui no metrô, como importunação sexual. Quando a vítima nos procura, fazemos esse acolhimento e realizamos o encaminhamento para a Casa da Mulher Brasileira. O nosso funcionamento é as terças e quintas-feiras, entre 9h e 17h”, explica a psicóloga Naira Tranquilli, responsável pelo atendimento na Estação de Metrô de Pirajá.

Na Bahia, a Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres é composta pela Casa da Mulher Brasileira; Centros de Referência de Atendimento à Mulher; Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher; Centro de Referência de Assistência Social; Centro de Referência Especializado de Assistência Social; Núcleos Especiais de Atendimento à Mulher; Salas Elas à Frente da SPM; Unidades Móveis da SPM; Defensoria Pública do Estado; Ministério Público; Tribunal de Justiça; Casa Abrigo; Casa Acolhimento; Dique 180; o Disque 190, além do Batalhão Maria da Penha.

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