Empreendedora PCD do interior da Bahia participa do ‘Shark Tank’; conheça Amanda Brito

Empreendedora PCD do interior da Bahia participa do ‘Shark Tank’; conheça Amanda Brito

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

José Mion

Divulgação

Publicado em 27/09/2024 às 08:33 / Leia em 3 minutos

Feira de Santana terá uma representante na nona temporada do Shark Tank Brasil, maior reality show sobre empreendedorismo da América Latina. A empreendedora baiana Amanda Brito participará do programa, disponível no canal oficial do Shark Tank no YouTube na próxima segunda-feira (30), às 21h. O mesmo episódio será exibido também no Sony Chanel e no Amazon Prime no dia 18 de outubro, às 22h.

Amanda é sócia-fundadora do Instituto AB, startup de impacto social que atua na promoção da diversidade e inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Com escritório no Hub Salvador, tem entre seus projetos o recrutamento e seleção de profissionais com deficiência para empresas, programas de educação corporativa e consultoria para criação de ambientes organizacionais inclusivos.

A startup tem relação direta com a vida pessoal de Amanda, mulher com deficiência, reprovada em todos os processos seletivos no começo da carreira. Por conta da sua experiência, a empreendedora, hoje, apoia empresas que desejam promover um desenvolvimento econômico sustentável que inclui todas as pessoas.

Quem é Amanda Brito?

Amanda nasceu com uma doença rara chamada osteogênese imperfeita, popularmente conhecida como “ossos de vidro”. A condição é caracterizada pela fragilidade óssea e provoca diversas fraturas. Por conta do diagnóstico, os médicos deram a ela uma expectativa de vida de apenas dois meses.

“Tive muitas fraturas ao longo da infância, passei por oito cirurgias e o apoio da minha família foi fundamental para superar essa triste previsão”, diz a feirense, que, aos três anos, se mudou para Catu, na Região Metropolitana de Salvador, onde terminou o Ensino Médio.

Na faculdade de Administração de Empresas, já em Salvador, aos 18 anos, foi a primeira aluna cadeirante. “Enquanto muitos dos meus colegas estavam mais preocupados em saber onde iriam fazer intercâmbio, minha preocupação era se teria aula numa sala acessível”, conta, ao Universa/UOL.

“Sempre me lembro disso para poder lutar e contribuir para que outras pessoas com deficiência encontrem em suas jornadas espaços mais acolhedores e que ofereçam mais oportunidades”, reflete.

Com as recusas de oportunidades de trabalho, a baiana passou a estudar para concursos públicos e foi aprovada em cinco. “Consegui entrar na área como concursada. Trabalhei sete anos numa empresa pública, três anos numa empresa de economia mista e em todos esses lugares me chamava atenção o fato de que eu era a única profissional com ensino superior cadeirante. Me questionava o que podia fazer para mudar aquela realidade”.

Com o marido Fabiano, decidiu montar um negócio social, cujo objetivo é promover a empregabilidade das pessoas com deficiência e tornar o mundo do trabalho mais inclusivo e diverso.

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