Aos 15 anos, Flor Gil lamenta ter poucos laços de amizade: ‘Amigos mesmo, eu tenho, sei lá, tipo três pessoas’

Aos 15 anos, Flor Gil lamenta ter poucos laços de amizade: ‘Amigos mesmo, eu tenho, sei lá, tipo três pessoas’

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Maria Marques

Reprodução/Divulgação/Leo Martins

Publicado em 05/09/2024 às 10:09 / Leia em 3 minutos

Em vias de lançar seu primeiro álbum, Flor Gil desabafou, em entrevista a’O Globo, sobre a pressão de ser uma Gil. Aos 15 anos, a cantora lamentou também que, por ter morado em vários endereços globais – Rio, São Paulo, Itália e Nova York, onde nasceu e é sua atual morada – acabou por desfazer muitos laços de amizade. Atualmente, Flor conta nos dedos quantos amigos possui: “Amigos, amigos mesmo, eu tenho, sei lá, tipo três pessoas.”

No fim do mês, ela aterrissa no Japão para cumprir os seus últimos shows como backing vocal, ao lado do avô, Gilberto Gil, de 82 anos. O patriarca está em despedida das turnês. O momento veio a calhar para Flor, afinal, é chegada a hora de novos passos: no próximo mês, a menina lançará seu primeiro álbum como cantora e compositora, antecipado pelo single “Choro Rosa (Versão Diamante Bruto)”.

De todos os parentes, só Bento, filho de Bem Gil, aparece com Flor no álbum. Nem por isso ela deixa de notar o público apreensivo pela continuidade do trabalho musical – muito bem – empreendido por Gilberto Gil. “Chegou muito em mim essa expectativa de que eu continuasse o legado do meu avô de um certo jeito, que não é exatamente o jeito que eu quero fazer… pelo menos agora”, avisa.

É que, ainda com base a entrevista cedida ao jornal O Globo, o forte de Flor é o R&B. “Eu escrevo mais naturalmente em inglês e acabo fazendo músicas mais ‘americanas’. Mas também tenho bastante conhecimento e ferramentas para fazer também algo mais MPB“, garante-se. Há também, segundo Flor, “de certa maneira”, a sexualidade dela presente nas letras.

A cantora, que cresceu exposta sob todos os olhos, percebe o frisson que irrompeu-se com a revelação de sua homossexualidade. “Nunca tive que me assumir, eu só vivia assim, nunca tive que virar para alguém e falar que sou sei lá o quê”, abre-se Flor, que diz já ter sofrido um ataque homofóbico.

“Um dia eu estava na rua com a minha namorada, em Nova York, e uma pessoa xingou a gente. Fiquei muito chateada, mal, com medo de sair na rua. Tive o privilégio de nascer numa família muito liberal, e isso me fez refletir sobre pessoas da minha geração que sofrem com homofobia. E também sobre pessoas próximas que não aceitam essas coisas, que são naturais”, avaliou, ela.

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