O Banco do Brasil registrou um lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), resultado 60% inferior ao do mesmo período de 2024. Os números foram divulgados na noite desta quinta-feira (14) e ficaram abaixo da expectativa do mercado, que era de R$ 4,99 bilhões, segundo o consenso da LSEG.
No acumulado do ano, o banco somou R$ 11,2 bilhões de lucro no primeiro semestre de 2025, o que representa uma queda de 40,7% em relação aos R$ 18,8 bilhões registrados no primeiro semestre de 2024.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) ficou em 8,4% no 2º trimestre.
Apesar da retração no lucro, a carteira de crédito expandida do banco apresentou crescimento de 11,2% na comparação anual, alcançando R$ 1,24 trilhão. Entre os segmentos, destacam-se:
- Pessoa Física: alta de 8%, totalizando R$ 342,6 bilhões;
- Pessoa Jurídica: avanço de 14,7%, somando R$ 468 bilhões;
- Agronegócio: aumento de 8%, chegando a R$ 404,9 bilhões.
A presidenta do BB, Tarciana Medeiros, afirmou que 2025 é um ano de ajustes estratégicos:
“Projetamos lucro entre R$ 21 e R$ 25 bilhões. Seguimos com investimentos estruturantes para geração de valor aos acionistas e a melhor experiência aos clientes, com tecnologia, proximidade e capacitação dos nossos funcionários”, declarou.
Entre os principais desafios do trimestre, estão o aumento das despesas administrativas (alta de 4,7%, para R$ 9,7 bilhões) e o crescimento expressivo de 89,3% nas perdas esperadas por empréstimos, totalizando R$ 31,6 bilhões no semestre. O avanço da inadimplência nas carteiras de agronegócio e Micro, Pequenas e Médias Empresas impactou diretamente esse resultado.
Diante do cenário, o banco afirmou ter tomado ações imediatas, como revisão de fluxos de cobrança, priorização de crédito com garantias e reforço na relação com os clientes.
