Governo diz que taxa para comércio eletrônico virá quando estiver 'amadurecida'

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Prometida para este ano, a taxação do comércio eletrônico ainda não tem data para entrar em vigor. A informação foi confirmada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta sexta-feira (22). Ele conversou com jornalistas durante um café da manhã. A medida, segundo o chefe da pasta, ainda é considerada controversa, mesmo com aspectos técnicos e políticos. Para Haddad, a taxação vai ocorrer quando estiver 'amadurecida'.

"Imposto de importação continua controverso no governo e no Congresso. Até vi vários parlamentares da oposição pedindo providências em relação a esse tema, e outros da oposição fazendo guerra", declarou o ministro. 

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Inicialmente, a equipe econômica do governo vinha prometendo instituir um imposto de importação federal, até o fim deste ano, para as encomendas internacionais feitas em sites estrangeiros, como Shein, Shopee e Aliexpress. 

O chefe da equipe econômica, no entanto, fez fortes críticas à política adotada na gestão de Jair Bolsonaro. Na avaliação dele, houve um incentivo ao contrabando. "O governo anterior praticamente fomentou o contrabando sem tomar nenhuma medida. Foram quatro anos de escalada de contrabando no país. Eu não consigo nem entender como ninguém respondeu por improbidade administrativa", afirmou.

Haddad explicou ainda que, ao decidir tributar compras de valores acima de US$ 50 neste ano, a União apenas passou a cumprir a legislação que já existia. Se por um lado, a medida causou intensas críticas de consumidores, por outro, o setor de comércio e serviços estava intensificando a pressão sobre o governo federal para impor taxação às empresas estrangeiras.  

* Publicado por Matheus Simoni. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.

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