4 Mar 2024
França entra para a história e se torna o primeiro país a garantir o direito ao aborto na Constituição
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"Tenho orgulho de poder homenagear aqui todos aqueles que escreveram, que agiram e também aqueles que ainda lutam todos os dias, aqui perto ou longe de nós, para que subamos metro a metro o íngreme muro que leva à igualdade entre mulheres e homens", comemorou a presidente da Assembleia Nacional, Yaël Braun-Pivet.
Em seu discurso, o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, destacou que o país tem "uma dívida moral" com as mulheres e que a decisão de hoje é resultado de uma luta histórica, que teve início na Revolução Francesa, em 1789, e segue até os dias atuais, com a atuação da ministra da Saúde Simone Veil para descriminalizar o procedimento. Na ocasião, ele também prestou homenagem às ONGs e organizações que lutam pelos direitos das mulheres.
Através das redes rociais, o presidente Emmanuel Macron também comemorou a decisão. "Celebremos juntos a entrada de uma nova liberdade garantida na Constituição pela primeira cerimónia de selamento da nossa história aberta ao público. Nos vemos neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher", escreveu.
O aborto foi descriminalizado na França em 1975, porém, não havia nenhuma legislação que garanta o acesso ao procedimento no país. Uma pesquisa realizada em novembro de 2022 pelo grupo de pesquisa francês IFOP revelou que 86% dos franceses apoiavam a inclusão do aborto na Constituição.
* Por Luana Veiga. Foto: Ludovic MARIN / AFP.
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