Em crise, 123 Milhas já soma mais de 700 processos na Bahia desde suspensão de promoção

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A empresa 123 Milhas vive sua pior crise desde sua fundação. Em processo de recuperação judicial, aceito pela Justiça nesta quinta-feira (31), a companhia enfrenta uma avalanche de processos desde que suspendeu a venda de pacotes e emissão de passagens da linha promocional em 18 de agosto. Um levantamento feito pelo Alô Alô Bahia aponta que, somente na Bahia, são 726 processos ajuizados desde que o problema veio à tona. Isso corresponde a cerca de dois processos abertos por hora contra a empresa, sejam em juizados especiais cíveis ou processos de vara comum. 

Nesta quinta, a juíza Claudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, ordenou a suspensão, pelo prazo de 180 dias, de ações e execuções contra a 123 Milhas. Também foi determinada a apresentação de um plano de recuperação no prazo de 60 dias, sob pena de decretação de falência, conforme prevê a legislação. Segundo a decisão, o plano "deve conter medidas de reparação ao universo dos credores consumeristas pelos danos causados em todo território nacional".

De acordo com a empresa, a recuperação judicial tem como objetivo cumprir compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores. "A 123milhas avalia que, desta forma, chegará mais rápido a soluções com todos os credores para, progressivamente, reequilibrar sua situação financeira", diz a 123, em nota divulgada para a imprensa.

O pedido de recuperação judicial da 123 Milhas foi protocolado esta semana, com um valor de causa de R$ 2,3 bilhões. Segundo a companhia, demonstrações financeiras apontam que a companhia teve um prejuízo líquido de R$ 1,67 bilhão no primeiro semestre deste ano.

*Publicada por Matheus Simoni. Foto: Infraero

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