12 May 2023

Conheça a baleia que completou 30 anos sendo monitorada pelo Projeto Baleia Jubarte

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Uma baleia-jubarte completou, este ano, 30 anos sob monitoramento por pesquisadores do Projeto Baleia Jubarte. Apelidada de Dino, nome inspirado nos dinossauros e escolhido por internautas, ela tem uma história de vida toda acompanhada por cientistas, que utilizam um software capaz de armazenar e comparar fotos do padrão da cauda do animal, tida como uma impressão digital, que não se altera ao longo da vida.

O software utilizado facilita o registro de reavistagens da baleia e acompanhamento dos seus movimentos. Dino muito provavelmente é um macho da população que se reproduz no Banco dos Abrolhos, na Bahia. A possibilidade é levantada porque Dino foi observado em diversas ocasiões, como, por exemplo, acompanhando um par de fêmeas com filhotes.

Dino foi registrado pela primeira vez em Abrolhos em 1989, retornou em 1991 junto de outra baleia, acompanhou uma dupla de fêmea com seu filhote em 1992, e foi visto competindo com outras quatro baleias por uma fêmea em 2005. Finalmente em 2019, foi visto próximo a Porto Seguro.
 

Segundo a bióloga Bianca Machado Righi, que integra a equipe de pesquisa do Projeto Baleia Jubarte, “resultados como este demonstram a importância do esforço de pesquisa de campo a longo prazo, ajudando a entender o ciclo de vida das baleias, sua fidelidade às áreas de reprodução, e outras informações importantes para podermos propor medidas efetivas de conservação da espécie e seu ambiente”.

O ano de 2023 marca a 35ª temporada de pesquisa de campo do Projeto Baleia Jubarte, que é um dos programas contínuos de maior longo prazo de pesquisa e conservação de baleias no mundo.
 

Com a transferência completa do catálogo de foto-identificação do Projeto para o sistema Happywhale, os pesquisadores esperam que novas descobertas de baleias como Dino, com seu reaparecimento no Brasil ao longo dos anos, sejam realizadas, confirmando uma vez mais a importância de Abrolhos como área reprodutiva das jubartes no Atlântico Sul.

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Fotos: Divulgação/Projeto Baleia-Jubarte.