22 Dec 2022
Oscar 2023 anuncia semifinalistas; Brasil fica de fora
A última vez que o país esteve entre os semifinalistas na categoria foi na 80ª edição do evento, em 2008, com "O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias", de Cao Hamburger. Antes disso, o Brasil havia concorrido com "O Pagador de Promessas", de Anselmo Duarte, em 1963; "O Quatrilho", de Fábio Barreto, em 1996, "O Que É Isso, Companheiro?", de Bruno Barreto, em 1998, e "Central do Brasil", de Walter Salles, em 1999.
O Brasil, portanto, seguirá sem nunca ter ganhado um Oscar de Produção Internacional ou qualquer outro. O candidato da próxima edição, marcada para 12 de março, era "Marte Um", de Gabriel Martins, que teve uma campanha mais longa em relação a candidatos anteriores, após mudanças na escolha do representante nacional. Ainda assim, o longa-metragem só conseguiu distribuição americana no último dia 2 de dezembro, enquanto candidatos como o coreano "Decisão de Partir" foi lançado em outubro nos Estados Unidos, depois de ganhar o prêmio de Direção em Cannes.
Dos 74 prêmios entregues pela Academia a filmes estrangeiros desde 1947, 77% foram para europeus, 12% para asiáticos, 6% para americanos (incluindo o Canadá) e 4% para africanos. Entre os latino-americanos, o mexicano "Bardo", de Alejandro González Iñárritu, e "Argentina, 1985", de Santiago Mitre, são os únicos a entrar na pré-lista, ao lado de oito europeus, quatro asiáticos e um africano.
É impossível que os brasileiros sintam um gostinho da estatueta? Não! "O Território", coprodução entre Estados Unidos, Dinamarca e Brasil, está no páreo para Melhor Documentário, enquanto "Sideral", em parceria com a França, está na corrida de Melhor Curta. O anúncio final dos finalistas deve ocorrer em 24 de janeiro.
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