SP-Arte/2018 agita o circuito das artes com eventos por toda cidade

O circuito paulistano das artes promete entrar em ebulição entre os dias 5 e 15 de abril, período em que a cidade recebe uma série de eventos voltados à arte e ao design. Protagonista da cena, a 14ª edição da SP-Arte – Festival Internacional de Arte de São Paulo ocupa o Pavilhão da Bienal entre 11 e 15 de abril. Nesse período, os apreciadores da arte poderão aproveitar a efervescência cultural da cidade, que abrigará uma série de aberturas de exposições, além de dezenas de atividades especiais que reunirão o melhor da arte brasileira e internacional por São Paulo.

Gallery Night

Organizado pelo próprio Festival, o Gallery Night, circuito entre dezenas de galerias e instituições que ocorre nos dois dias que antecedem à abertura da SP-Arte, chega agora à sua terceira edição. Os espaços da Vila Madalena, Pinheiros, Itaim e Jardins funcionarão em horário alternativo, das 17h às 22h, oferecendo ao público uma programação especial, com abertura de exposições, visitas guiadas, performances e lançamentos de livros e catálogos.

No dia 9 de abril, o Instituto Tomie Ohtake promove o evento Turbulência, ciclo da instituição com conversas com artistas, visitas com curadores e ainda uma performance inédita de Bené Fonteles. A VIVA Projects recebe o colecionador Pedro Barbosa e os editores Christophe Boutin (onestar) e Luiz Vieira (Ikrek), ambos dedicados à produção de livros de artistas, para uma conversa sobre os caminhos da produção e coleção de livros da área. Na mesma data, Carla Chaim exibe A pequena morte, sua individual na Galeria Raquel Arnaud, na qual apresenta trabalhos que fundem a dor do luto e o êxito do prazer.

No dia 10, a Bergamin & Gomide abre a exposição de Takesada Matsutan, um dos maiores nomes da arte japonesa pós-guerra que, em sua primeira vez no Brasil, exibe mostra paralela na Japan House. A Galeria Lume recebe Adolfo Montejo Navas, curador da mostra Lethe, Mnemosyne, de Ana Vitória Mussi, para uma visita guiada e conversa com o público. Já a Galeria Berenice Arvani apresenta O visionário Theon Spanudis e o seu grupo de artistas, coletiva com obras de artistas como Alfredo Volpi, Rubem Valentim e Mira Schendel. A Ovo, de design, entra na onda e lança a cadeira Barca e seu catálogo de 2018.

Exposições pela cidade

A temporada de eventos e aberturas em torno do Festival tem início já em 5 de abril. Neste dia, por exemplo, acontece uma visita ao Desapê, uma "descoleção" de arte e livros, em um apartamento no 23º andar do icônico Edifício Copan. A visita, que se repete no dia seguinte, inclui um passeio pela cobertura do prédio, uma experiência genuinamente paulistana. 

No dia 7, a Galeria Nara Roesler estreia Screenspace, coletiva que integra a 28ª edição do Roesler Hotel, projeto que coloca em diálogo as comunidades artísticas nacional e internacional e, neste ano, tem curadoria de Vik Muniz, Lucas Blalock e Barney Kulok. No dia 10, a mesma galeria abre a individual León Ferrari, por um mundo sem inferno e promove uma visita guiada pela curadora Lisette Lagnado. Ferrari, nome consagrado com o Leão de Ouro na Bienal de Veneza (2017), ganha destaque no estande da galeria no Pavilhão e tem seu percurso artístico discutido em conferência no MAM-SP.

O escocês Douglas Gordon ganha sua primeira individual no Brasil, I will, if you will..., em cartaz na Galeria Marília Razuk a partir do dia 7 de abril. No dia 14, o britânico tem ainda um de seus trabalhos expostos no Instituto Moreira Salles, na Avenida Paulista. Também no dia 7, a galeria Almeida e Dale abre Mo Ki Gbogbo In – Eu saúdo a todos, individual de Mestre Didi. O Pivô inaugura em 8 de abril a coletiva Imannam, com Ana Linnemann, Ana Maria Maiolino e Laura Lima. No dia 10, a Casa Triângulo exibe a primeira individual de Rodolpho Parigi, enquanto a Galeria Vermelho abre a exposição da dupla Dias & Riedweg, cujas obras dialogam com o trabalho do fotógrafo norte-americano Charles Hovland. A Luciana Brito Galeria abre, no dia 14, Linha do tempo, exposição da argentina Liliana Porter. Antes disso, no dia 10, o espaço já adianta ao público alguns destaques da mostra.

Ateliês abertos

No dia 14, mais de 30 artistas abrem as portas de seus ateliês ao público, que terá a oportunidade de conversar com os criadores sobre seus processos, linhas de pesquisas e conferir, de perto, seus trabalhos e ainda obras inéditas.

O espaço Hermes, por exemplo, promove visitas aos ateliês de Carla Chaim, Julia Kater, Brisa Noronha, Luisa Callegari e Raylander Mártis. O Projeto Fidalga, uma extensão do Ateliê Fidalga, que atua como um braço independente para iniciativas experimentais e residências artísticas, apresenta os espaços de criação de Ding Musa, Felipe Cama, Leka Mendes, Luiz Telles e Otávio Zani.

Fora do circuito, concentrado na Vila Madalena, a Sé Galeria promove uma visita ao ateliê de Arnaldo de Melo. Já o artista Paulo von Poser abre seu espaço na Represa de Guarapiranga e oferece um brunch para os convidados.

De casa nova

Na primeira quinzena de abril, a roteiro artsy dos Jardins ganha três novos espaços. Duas galerias curitibanas estreiam sedes na capital paulista no mesmo dia (7): a SIM abre suas portas com Zonas de gatilho, individual da artista Julia Kater, já a Simões de Assis exibe A utopia modernista, mostra de Carmelo Arden Quin. No dia 10, a Emmathomas promove uma festa para a inauguração de sua nova sede e apresenta Desver a Arte, mostra coletiva.

Confira no site da SP-Arte a programação completa dos eventos:www.sp-arte.com/programacao/agenda .

Foto: Jéssica Mangaba. Siga o insta @sitealoalobahia.

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