No Dia Internacional da Mulher, Ivar Brandi presta homenagem às indianas

No Dia Internacional da Mulher, as indianas têm mais motivos para lutar do que para celebrar. Nascer e crescer mulher na India é uma vitória! Há alguns anos uma lei federal impede a revelação do sexo dos bebês durante a gestação na tentativa de evitar o aborto de fetos do sexo feminino. Os números de infanticídio de bebês femininos também são alarmantes. Pelo pouco que li e conversei por aqui isto se deve a diversos favores, que incluem a tradição da noiva pagar o dote no casamento e ao fato de, no hinduísmo, ser o filho homem o responsável por acender a pira que vai cremar o corpo dos pais. Aquém e além dos motivos acima, trata-se de uma sociedade extremamente machista. Os índices de estupro e violência doméstica na India são os maiores do mundo. Basta andar um pouco pelas ruas de qualquer cidade indiana para perceber a predominância absoluta dos homens. Parece que às mulheres fica reservado o papel de "belas, recatadas e do lar". Porém, nas ruas, mesmo em menor número, são elas que se destacam  com suas roupas coloridas, joias, maquiagem e atitudes alegres, e muitas vezes também pela simplicidade e constantes manifestações de fé. São elas que nos encantam e tornam este país ainda mais mágico. 
 
Para saber um pouco mais, vale assistir ao documentário "India's Daughter", disponível no Netflix, produzido em 2015 e cuja exibição ainda hoje é proibida na India.

 
* Por Ivar Brandi, que está passando uma temporada na India e vem compartilhando suas andanças aqui no site. Fotos: Ivar Brandi. Siga o insta @sitealoalobahia. 

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