Bahia: presença de mulheres no comando das famílias cresceu 115% em 15 anos

  A posição de comando das mulheres nas famílias brasileiras avançou de forma significativa no começo do Século XXI, como resultado de amplas transformações econômicas, sociais e demográficas nas últimas décadas. De 2001 a 2015, o número de famílias chefiadas por mulheres mais que dobrou em termos absolutos (105%), passando de 14,1 milhões para 28,9 milhões. Esse fenômeno tornou-se mais acentuado nas famílias de núcleo duplo (casais com e sem filhos). Ao longo de 15 anos, o número de mulheres chefes passou de 1 milhão para 6,8 milhões nos casais com filhos, um aumento de 551%. Entre os casais sem filhos, o percentual de crescimento foi ainda maior: de 339 mil famílias para 3,1 milhões, uma expansão de 822%.

Na Bahia, a chefia feminina aumentou de 27,8% para 43% do total de famílias. Em números absolutos, o aumento foi de 1.066.424, em 2001, para 2.286.670, em 2015. A alta foi de 115%, igual à média nacional.

  Os dados fazem parte de um estudo dos demógrafos Suzana Cavenaghi e José Eustáquio Diniz Alves, coordenado pela Escola Nacional de Seguros. Resultado de quatro meses de trabalho, o estudo “Mulheres chefes de família no Brasil: avanços e desafios” foi feito a partir do cruzamento de informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2001-2015), do IBGE. O levantamento revela uma mudança expressiva no perfil de comando dos casais com e sem filhos. Há 17 anos, apenas 4% das mulheres estavam à frente desses núcleos familiares. Hoje elas são 22,5% do total. 

 

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