Alô Alô Rússia

por Cacao Romanov

Privet, privet!
Hoje é dia de enfrentarmos nosso velho freguês – o México. É tudo nosso. Bora Brasil!
Já estão definidos 2 jogos das quartas-de-final da Copa da Rússia. No topo do chaveamento, onde estavam 4 campeões do mundo, Uruguai e França fazem um jogo campeoníssimo. Ainda um dos favoritos, a França vai ter que se esforçar muito para não sucumbir a fabulosa dupla Cavani e Suárez. No outro confronto, a Croácia, após muito esforço, enfrenta a anfitriã Rússia.
 
Alma russa
Foi exatamente essa dushá russa, essa alma russa, de que falam Gogol, Dostoiévski e Tólstoi; esse misterioso e profundo espírito ligado à tragédia, ao sofrimento e a resignação que levaram a Rússia a um nível mais alto. Resiliência e alegria. O jogo foi muito chato e marcou o envelhecimento do tiki-taka. Pode-se sentir a falta do técnico Lopeteguí, demitido a um dia da estréia espanhola. Ele era a esperança de renovação do velho sistema. Um ciclo se encerrou. Como dissemos em nossa coluna na estréia espanhola, a demissão do técnico e a lentidão do atual tiki-taka acabou com o favoritismo de La Roja. Iniesta não jogou nada quando entrou. Diego Costa fez muito bem em se naturalizar espanhol: um peso morto, isolado na frente e de costas para o gol. Isco inteiramente inofensivo. O maravilhoso David Silva ... quem viu?! Os russos bem montados na defesa, viram o goleiro Akinfeev, o homem do jogo da FIFA, virar herói. Uma grande jornada para Golovin, Dzyuba e Cheryshev. Nos alertamos para o milagre russo, no início do mundial. Até onde vai a Rússia de todas as Rússias?
 
Drama Croata
Módric e Rákitic fizeram a diferença. A Dinamarca prometeu, e cumpriu, endurecer o jogo e ser mais ofensiva. Foi assim desde o primeiro minuto. Um jogo igual até a prorrogação. Os dinamarqueses foram melhores até o pênalti contra. E Modric perdeu para Kasper Schimeichel, que teve direito a torcida do pai Peter. Não foi suficiente, nas cobranças de pênaltis prevaleceu a melhor técnica croata e o grande goleiro Subacïc. Os croatas agora enfrentam os russos e sonham com uma final.
 
Do svidaniya
Notícia extraordinária. Realeza. Sua Majestade o Rei Felipe VI de Espanha levou seu charme e seu amor pelos esportes para a tribuna do estádio Luzhniki, em Moscou. Ladeado por Gianni Infantino, presidente da FIFA e pelo Primeiro Ministro da Rússia Dimitri Medvedev e sua mulher Svetlana Medvedeva, torceu com discrição e fervor pela seleção espanhola. Infelizmente e, com todo respeito, podemos dizer que Sua Majestade foi um pé-frio. Ainda assim, Viva El Rey!

 Fotos: Reprodução. Siga o insta @sitealoalobahia.
 
 

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