Alô Alô Crônica: O que você está fazendo da sua única vida?

Sócio-diretor da Agência NBZ Negócios Digitais

Há duas semanas planejo retomar meus textos aqui no Alô Alô Bahia numa linha mais crônica, mais informal, e tal. Penso “agora vai”, mas me deixo atropelar pelo cotidiano, na esperança de resolver no amanhã. A gente é assim, né?, otimista demais. Sempre achamos que terá amanhã.
.
Em 1999, calouro na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFBa, entrei na primeira aula de Estética: Filosofia da Arte e na sala havia um professor franzino com a maior cara de filósofo. Após um silêncio que pareceu uma eternidade, ele disse: “O que você está fazendo de sua única vida?”. Assim Saja se apresentou.
.
Ontem o país se comoveu com a morte do jornalista Ricardo Boechat porque nos fez lembrar que somos finitos. Como na música da Cascadura: “muito cuidado com o balanço do dia, qualquer coisinha e já não estamos aqui”. E ontem também morreu Saja.
.
Eu tava planejando escrever sobre o Verão. Só que demorei, e o assunto do momento é nossa finitude. Mas não quero que essa seja uma crônica da tristeza. Como disse lindamente Steve Jobs no seu histórico discurso de Stanford: “Lembrar de que em breve estarei morto é a melhor ferramenta que encontrei para me ajudar a fazer as grandes escolhas da vida”.
.
A mesma música da Cascadura que citei acima começa com “A vida é curta, curta o quanto possível”. Então, vivamos o quanto pudermos até quando não possamos mais.


Foto: Pexels

NOTAS RECENTES