Entrevistas


2 Oct 2023

'Vamos aprofundar ainda mais os laços com a sociedade', diz Prazeres sobre os próximos meses na Osba

Reverenciado como o grande responsável pela popularização da Orquestra Sinfônica da Bahia, Carlos Prazeres deve permanecer a frente da Osba até março de 2024. O prazo diz respeito à decisão emergencial tomada pelo Governo do Estado de manter a orquestra sob gestão da Associação Amigos do Teatro Castro Alves (ATCA). Depois disso, o futuro de Prazeres é incerto. Enquanto segue como maestro da orquestra, promete dar continuidade à mescla entre o popular e o clássico, sua marca registrada. “A Bahia é o nosso objetivo”, afirma.

Antes de se apresentar no concerto que celebrou os 41 anos da Osba, o maestro conversou com o Jornal Correio*, parceiro do Alô Alô Bahia, sobre a esteira de decisões que popularizaram a orquestra e deu indícios do que vem pela frente. Revelou que mais uma edição da Osbrega, concerto que conta com sucessos da música romântica, será realizada em janeiro em Salvador. E falou ainda sobre a ansiedade diante do prazo de 180 dias concedido pelo governo estadual, garantindo que não vai desistir de continuar como maestro da Osba, função que ocupa desde 2011.

A Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) completa 41 anos sendo que, em 12 deles, você esteve a frente como maestro. Qual a sua avaliação sobre a evolução da Osba ao longo desses anos?
A Osba hoje é um prolongamento da sua sociedade. Isso quer dizer que a orquestra gera uma sensação de pertencimento. O próprio imbróglio recente que teve a Osba como protagonista mostrou que a sociedade está preocupada com a orquestra e quer interferir no futuro dessa instituição. Esse sempre foi o meu pensamento de trabalho: que a orquestra não fosse um disco voador vienense pousados em terras baianas. O nosso diferencial como orquestra é justamente o orgulho de ser baiano e foi o que nos levou a ser premiados como a melhor orquestra sinfônica do Brasil. A Osba está mais do que de parabéns.

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A Osba ficará sob a gestão da Associação Amigos do Teatro Castro Alves (ATCA) até, pelo menos, março de 2024. Quais são os planos para a orquestra nesse período?
Nesses seis meses vamos procurar aprofundar ainda mais os laços com a sociedade. Vamos continuar percorrendo a Bahia com o Osba na Estrada porque acho muito importante que a gente esteja no nosso estado, que tem um tamanho continental. Esse não é o momento para tocarmos em outros estados ou países, a Bahia é o nosso objetivo.

Quais projetos estão em andamento?
Vamos fazer o Osba na Estrada em Ilhéus e Itabuna ainda neste ano. Queremos fazer o Osbrega novamente em janeiro porque percebemos que ele é visto não só como um concerto, mas como um diálogo com a nossa sociedade. É uma forma de luta contra o elitismo e o preconceito musical. No próximo final de semana teremos a estreia do Gregorianas, que vai inserir a poesia de Gregório de Matos no contexto da música baiana, em apresentação no Teatro Gregório de Mattos, em Salvador.

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A Associação Amigos do Teatro Castro Alves vai continuar na disputa pela gestão da Osba, que também é objeto de desejo do Instituto de Desenvolvimento Social pela Música (IDSM)?
A ATCA vai concorrer novamente e vai buscar melhorar naquilo que ainda pode ter como questão. Foi nas mãos da ATCA que a Osba foi premiada como a melhor orquestra sinfônica do Brasil. A ATCA é uma vencedora, que não deve ser vista como um ente problemático ou derrotado. Precisamos melhorar cada vez mais, o que também vale para o IDSM e qualquer outra organização social que se proponha a uma função desse tipo.

Não se sabe ainda qual será o futuro dessa disputa. As incertezas te deixam ansioso?
É claro que me sinto ansioso pelo projeto e até pela minha vida pessoal. É difícil pensar em contratos de apartamento e coisas desse tipo. Eu moro de aluguel, por exemplo. Então tudo fica mais complicado. Mas a orquestra está munida de muita força para convencer que o que fazemos hoje é muito legal para sociedade baiana e que queremos fazer cada vez mais.

Como você enxerga o futuro da Osba daqui a 41 anos?
Ainda estamos numa fase de correr atrás de resolver dificuldades que ainda são premissas básicas, como o nosso efetivo orquestral e os lugares que nos recebem. Estamos enfrentando o desafio de estarmos sem o Teatro Castro Alves [o equipamento cultural pegou fogo em janeiro e não há data para que volte a receber apresentações na sala principal]. Mas tenho certeza que a Secretaria de Cultura está ao nosso lado e que, mesmo com todos os problemas, vamos resolver essas questões.

*Por Maysa Polcri, do Jornal Correio. Fotos: Elias Dantas e Jefferson Peixoto/Alô Alô Bahia | Ana Lucia Albuquerque/CORREIO. 

16 Aug 2023

De volta aos holofotes: Co-CEO da Dengo fala sobre resgate da produção de cacau no Sul da Bahia

A produção de cacau no Sul da Bahia quase chegou ao fim na década de 1980 quando a vassoura-de-bruxa devastou as plantações na região, levando vários produtores à falência. A doença é causada por um fungo que atinge os cacaueiros e descredibilizou a Bahia por um longo período. Num retorno triunfal, no entanto, desde o final da última década a Bahia vem se tornando berço de grandes marcas de chocolate que estão ganhando fama até mesmo no exterior. 

O modelo antes marcado coronelismo e escravidão, hoje tem foco no desenvolvimento de pequenos e médios produtores, aliado à práticas de ESG (sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa). Além disso, a preocupação com a quantidade deu lugar ao primor com a qualidade, o que vem dando resultados. 
 
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A Dengo Chocolates, que aposta na alta concentração de grãos de cacau em seus chocolates, surgiu em 2017 na Bahia, dividindo o período com nomes como Ju Arléo, Acalanto, Nusca, Caos, Aya, Nakau, Kalapa, Benevides e Monjolo. Para o Co-Fundador e Co-CEO da Dengo, Estevan Sartoreli, a recuperação da região é fruto de muito esforço. 

“Ao longo dos anos, melhorias genéticas e práticas adotadas permitiram a redução da vassoura-de-bruxa. Atualmente, a doença está sob controle, embora não totalmente erradicada. A natureza faz a parte dela, mas o produtor precisa fazer sua parte também com dedicação e cuidado ao longo de todo o processo. Um cacau de qualidade é fruto de bons cuidados no pré, durante e pós colheita”, coloca. 
 
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Ao justificar a escolha da região como fonte dos grãos que viram chocolate em uma fábrica em São Paulo, Sartoreli aponta que a Bahia voltou a ser o principal polo de cacau do Brasil, concentrando cerca de 65% da produção nacional e mais de 69 mil produtores. O estado divide também espaço com Pará e Espírito Santo. Segundo o CEO, o grande objetivo da marca é ser um negócio de impacto social na cadeia cacau-chocolate, gerando renda para pequenos e médios produtores em suas terras. 

A empresa compra os grãos por valores acima do mercado das mãos de produtores familiares, gerando melhor remuneração. A Dengo ainda possui a meta de dobrar a renda de pelo menos três mil produtores até 2030. Segundo dados de estudos recentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), 74% dos 93 mil produtores que cultivam cacau em quase 600 mil hectares no país pertencem à categoria da agricultura familiar.
 
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“Nossas principais frentes de atuação em ESG estão relacionadas à: construção de uma renda digna para todos, alimentação mais saudável e um consumo mais consciente, conservação da natureza e promoção de um mundo mais diverso e inclusivo. Investimos tempo e esforços em tais frentes pois acreditamos que esta é a forma correta de fazer negócios. Sonhamos com o dia em que todos os negócios valorizarão uma gestão de alta performance, respeito às pessoas, ao planeta e ao capital, em igualdade”, aponta o CEO. 

Mesmo com formação recente, a Dengo abriu, no início de 2023, uma loja de 70m² no bairro de Montmartre, famoso por ser reduto de artistas e de espaços culturais em Paris. Esta foi a primeira loja da marca fora do país; aqui no Brasil, já são 34. 
 
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“Acreditamos que a combinação de misturas irresistíveis de frutas e castanhas brasileiras com um chocolate de alta qualidade, que combina ainda sabor com saúde, valorização do produtor e respeito à natureza são elementos de nossa fórmula de crescimento. A aceitação da Dengo, dentro e fora do Brasil, se deve a oferta de um chocolate ético com sabores originais de nosso Brasil”, destaca Sartoreli. 

Ainda no cenário internacional, a marca Ju Arléo ficou em segundo lugar no concurso da Academy of Chocolate, em Londres, em 2022. O produto é um chocolate 70% que se diferencia por ser feito com mel de abelha uruçu, nativa do Sul da Bahia. A Benevides Chocolates, que também compra produtos de cacauicultores baianos, teve dois chocolates (50% cacau cappuccino e o 70% cacau clássico) premiados na Academy of Chocolate de Londres.


Fotos: Victor Affaro/Divulgação Dengo, Diego Cagnato/Divulgação Dengo, Divulgação/Dengo, Divulgação/Dengo e Divulgação/Dengo. 

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7 Aug 2023

Conheça influencer de Salvador apaixonado por literatura que lança seu primeiro livro aos 15 anos

O caminho de Adriel Bispo se cruzou com a literatura quando ele ainda tinha 5 anos. Sua mãe queria que o pequeno conquistasse uma bolsa de estudos para ter acesso a uma boa escola e deu início a uma maratona de seis meses para fazer ele aprender a ler e passar no teste. Deu certo. Em 2018, Adriel começou a publicar resenhas e indicações de suas leituras em um perfil nas redes sociais (@livrosdodrii) e ganhou fama. Agora, aos 15 anos, com 445 mil seguidores, o soteropolitano, morador do bairro de Brotas, lança o seu primeiro livro. 

“Voando entre sonhos”, da Galera Record, tem ilustrações da também soteropolitana Lila Cruz. A história, segundo contra o próprio Adriel, é uma mistura de tudo que ele já viveu na realidade e na sua imaginação fértil. 

“Meu livro fala sobre Ruan, um menino de 9 anos que é super sonhador e adora imaginar cenários na cabeça dele. Certo dia ele acaba conhecendo uma figura que é um fantasma e leva ele para conhecer seus sonhos. A mensagem que eu quero deixar é de ter esperança e nunca parar de sonhar porque é isso que nos move, que nos mantém vivos”, diz Adriel. 
 
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A obra é uma homenagem à mãe e à avó, que sempre o incentivaram no mundo da literatura e sonharam que o menino um dia se tornasse um escritor. “Quando eu era pequeno, ia muito para a casa de minha avó e lá sempre tinha algo para ler. O livro foi escrito para ela, que já faleceu. E para minha mãe também porque ela sempre deu um jeito de comprar os livros que eu pedia, mesmo que a gente não tivesse boas condições financeiras”, conta o pequeno escritor, que hoje tem uma biblioteca com cerca de 3 mil livros, muitos provenientes de doações. 

Adriel ainda destaca que a mãe foi muito importante no processo de torná-lo um escritor porque a publicação de livros não estava entre seus milhares de sonhos. “Minha mãe sempre falava para eu escrever. Eu gosto muito de escrever, mas para mim mesmo, nunca pensei em um dia publicar um livro. Aí ela ficava falando e eu dizia que estava cedo, que eu não estava pronto ainda, mas a gente nunca se sente preparado para algo, né?”, diz Adriel. 
 
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Ele tomou gosto pelo processo e não esconde a felicidade de ver seu livro já nas livrarias, sendo compartilhado com um monte de gente. E, claro, a imaginação do escritor amante de fantasias e aventuras já está a mil preparando os próximos livros. “É muito bom poder me comunicar com as pessoas também de outra forma agora, diferente das publicações que eu faço no Instagram”, diz. E os sonhos não param por aí porque Adriel quer mesmo é colocar de pé um instituto voltado para o incentivo à educação para comunidades carentes de Salvador. À procura de patrocinadores, ele tem certeza de que essa ideia não ficará só na imaginação e no papel. 

SERVIÇO:

O que: Evento de lançamento do livro “Voando entre sonhos”, de Adriel Bispo
Onde: Livraria Leitura - Shopping da Bahia
Quando: 12 de agosto, às 16h
Vendas: Além de em todas as livrarias da rede Leitura, também através das plataformas Amazon, Livraria da Vila, Travessa, Martins Fontes Paulista, Americanas, Magazine Luiza e Mercado Livre


Fotos: Reprodução/Redes Sociais.

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27 Jul 2023

Mostra Casas Conceito movimentará Rua Chile em edição com 41 ambientes: " Vitrine para inovação e criatividade"

Conteúdo sob medida Alô Alô Bahia.
 
Na próxima terça-feira (1), a V Mostra Casas Conceito será aberta ao público, que poderá conferir de perto projetos inspiradores de profissionais de arquitetura e design de interiores, de terça a sábado, das 16h às 22h, e aos domingos, das 13h às 19h. Este ano, o evento tem como endereço o número 17 da Rua Chile, bem em frente ao Fera Palace Hotel.  
 
Mas não para por aí. Em paralelo ao evento principal está sendo construída a Conceito Hotéis. Juntas, as duas mostras terão 41 ambientes. No comando das iniciativas está a empresária Andrea Velame, que conta na entrevista a seguir quais os desafios e destaques desta temporada. 
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Alô Alô Bahia: Faltam poucos dias para a V Mostra Casas Conceito ser aberta ao público. O que esta edição tem de especial em relação às outras? 
 
Andrea Velame: A V Mostra Casas Conceito acontece em um momento em que estamos todos engajados na valorização do Centro Histórico, por isso escolhemos a icônica Rua Chile, que tem o título de primeira rua do Brasil, para a realização da mostra neste ano. Nossa ideia é reviver memórias e contar novas histórias. Neste ano, trazemos como novidade um segundo ato, com a Conceito Hotéis, que começa oito dias após o final da Casas Conceito. Também realizamos pela primeira vez o Concurso Aposta AV, com o objetivo de revelar novos talentos e acolher recém-formados do setor da arquitetura e design. Após uma votação popular que somou mais de 1,8 milhões de votos, chegamos ao resultado de duas duplas que vão assinar os lavabos funcionais feminino e masculino da Mostra. 

AAB: Este ano são duas operações acontecendo ao mesmo tempo: a Casas Conceito, que inaugura este mês, e Conceito Hotéis, que abrirá ao público em outubro. Como esse novo formato impactou na concepção da mostra? 

AV: O grande desafio, sem dúvidas, foi realizar duas mostras praticamente simultâneas. Casas Conceito e Conceito Hotéis terão 41 ambientes e uma área aproximada de 4 mil metros quadrados de obras

AAB: Quão inovador é este formato do Conceito Hotéis para o mercado nacional? 

AV: A ideia deste projeto é despertar experiências inovadoras e personalizadas. Todos os apartamentos contemplam a área histórica e vista-mar, associado ao lobby e rooftop. É um hotel residente em parceria com o blend do Fera Palace, que traz o conceito de uma mostra perene, onde os projetos realizados serão incorporados ao novo empreendimento. Nosso objetivo é ampliar a experiência dos nossos visitantes e criar um novo marco para a hospitalidade no mercado baiano. O Conceito Hotéis é um hotel residence - o primeiro hotel do Brasil com 12 suítes presidenciais - que poderá ser vendido como unidade residencial ou utilizado como destino de hotelaria. 
 
AAB: Qual a importância de uma mostra desta magnitude para a arquitetura e o design de interiores na Bahia e no Brasil? 
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AV: A Casas Conceito serve como vitrine para a inovação e a criatividade, permitindo que profissionais mostrem seus projetos inspiradores. Isso estimula o intercâmbio de ideias e impulsiona o avanço da arquitetura e do design de interiores. Outro aspecto relevante é o papel educativo. A Mostra promove a disseminação do conhecimento sobre arquitetura sustentável, uso de materiais ecológicos e técnicas de design inteligentes. Isso contribui para uma maior conscientização e busca por soluções sustentáveis na construção e decoração de espaços. Além disso, a Mostra impulsiona a economia e cultura local, atraindo visitantes e gerando oportunidades de negócios para os profissionais. Ela destaca a importância do setor criativo e sua contribuição para o desenvolvimento econômico. 

AAB: Nestes últimos cinco anos, o que mudou de mais significativo no comportamento do público em relação ao jeito de morar e como isso impacta nas mostras? 
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AV: Existe um fortalecimento muito grande do setor, principalmente pós-pandemia, quando as pessoas passaram a olhar mais para o seu estilo de vida. Então a Mostra apresenta diversos espaços, cada um com uma funcionalidade diferente, sobre o viés dos principais profissionais do mercado. Não se trata somente de uma mostra de decoração e lançamento de produtos para o público A. A Mostra tem o objetivo de extrapolar e avançar um pouco mais nesse conceito da arquitetura, decoração, arte, moda, gastronomia e turismo cultural, unindo todos esses elementos de comportamento, para entregar para a cidade um evento de entretenimento. 

AAB: Qual o principal desafio de coordenar um projeto como a Casas Conceito? O que te motivou a criar a mostra? 
 
AV:  Diversos desafios, incluindo gerenciar uma equipe multidisciplinar, cumprir prazos e orçamentos, selecionar fornecedores e materiais de qualidade, buscar originalidade e inovação, além de lidar com as expectativas das partes interessadas envolvidas. Acredito que algo que inevitavelmente nos conecta, é o caminho que percorremos, as escolhas que fazemos, a história que contamos e, por fim, o legado que deixamos. A Mostra Casas Conceito 2023 chega à sua quinta edição e o principal motivo que caracteriza essa trajetória é a certeza de que toda história começa com uma memória

AAB: A mostra tem, desde sua primeira edição, um compromisso social muito claro com a cidade e sua população. Fale mais sobre esta característica. 
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AV: Nossa narrativa é ter um evento que tenha um foco de entrega para a cidade de Salvador, oferecendo para além da arte e do design, o social. Este será o momento para engajar, inovar e, acima de tudo, replicar o modelo de 2022, que foi a união da iniciativa pública e privada. No ano passado, por exemplo, foram pintadas 25 casas na Travessa dos Perdões, reformamos 100% a Escola Divino Mestre, reformamos a Praça central e viabilizamos o fornecimento de massas e tintas para o Museu da Capoeira e Igreja do Santo Antônio Além do Carmo. 

Nesta edição de 2023, vamos contar memórias, homenagear grandes ícones da Rua Chile e trazer o verde para as ruas. Vamos engajar com as ODS's, apoiando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis.  

Estamos também com parcerias com o Instituto Mandarina, o Mercado Iaô, Fábrica Cultural. Estamos dialogando muito com a continuidade e valorização da cultura e gastronomia da nossa cidade e, junto ao Palacete Tira Chapéu, desenvolvemos alguns projetos em parceria com a Casas Conceito e Conceito Hotéis. O Grupo Solvi, também engajado com ações sustentáveis, está no nosso escopo de parceiros. Enfim, não se constrói histórias sem grandes parceiros. À Sherwin-Williams, meu parceiro desde a primeira edição, meu muito obrigada por sonhar junto comigo e ajudar a colorir nossa cidade. 

AAB: Você já está pensando na próxima edição? Já pode antecipar alguma coisa? 

AV: Hoje só consigo pensar em tirar férias dia 19 de novembro. (risos) 

Fotos: Divulgação e Lucas Assis. 

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4 Jul 2023

Lívia Sant’Anna Vaz: “Precisamos transformar indignação em ação”

Promotora de Justiça no Ministério Público da Bahia, doutora em Ciências Jurídico-Políticas pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (2022) e mestra em Direito Público pela Universidade Federal da Bahia (2006), a soteropolitana Lívia Sant’Anna Vaz, de 43 anos, é um dos nomes mais atuantes e combativos na luta pela igualdade racial no país. Autora do livro “Cotas Raciais”, entre outras obras, é casada e mãe de duas filhas, Isadora e Iara.
 
Há oito anos como Promotora de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, Defesa das Comunidades Tradicionais e das Cotas Raciais do MP-BA, está entre as 100 pessoas de descendência africana mais influentes do mundo e tem sua trajetória jurídica marcada pela atuação em relação a temas como feminicídio, intolerância religiosa, combate ao racismo e ao sexismo, e na luta para que as mulheres negras tenham amplo acesso à justiça e a espaços de poder e decisão.
 
Lívia Sant’Anna Vaz concedeu a entrevista a seguir ao Alô Alô Bahia, na qual reflete sobre sua atuação, desafios, vida em família, o papel das pessoas na sociedade no combate às desigualdades, entre outros temas. Confira:

Alô Alô Bahia: Você é uma das poucas promotoras de justiça negras no país. Quando olha para quando começou até hoje, percebe uma evolução ou a conquista desse espaço por outras mulheres ainda segue árdua? Por que?
 
Lívia Sant’Anna Vaz:
Costumo dizer que ser uma mulher negra no sistema de justiça é ser a exceção que confirma a regra de sub-representação, quase ausência dessas mulheres em espaços de poder e decisão no Brasil. Se a conquista desses espaços é árdua para as mulheres, para as mulheres negras os obstáculos impostos pelo racismo e pelo sexismo são ainda mais severos. Evoluímos muito pouco se pensarmos que mulheres negras são o maior segmento social do Brasil e somam 28% da população brasileira, o que as torna também, em termos proporcionais, o grupo social mais sub-representado, quer nos cargos políticos quer nos órgãos do sistema de justiça. O Ministério Público não é uma exceção a essa regra. O Perfil Étnico-Racial publicado pelo Conselho Nacional do Ministério Público, em parceria com o IPEA, no último dia 3 de julho, revela que apenas 15,8% dos membros do Ministério Público brasileiro são pessoas negras. sendo 10,4% homens negros e apenas 5,4% mulheres negras. Já as pessoas brancas somam 81,9% dos membros da instituição, dos quais 32,8% são mulheres e 49,2%, homens.


AAB: Combate à intolerância religiosa, à violência de gênero e ao racismo estrutural e a busca pelo acesso das minorias a direitos fundamentais são bandeiras que você defende há anos. Houve algum momento em que pensou em desistir ou percebeu um retrocesso?
 
LSV:
Eu não chamaria de bandeiras, mas de compromissos com a coletividade, de responsabilidades democráticas, que transcendem minha atuação funcional e são verdadeiras missões de vida. Confesso que há momentos de desesperança e cansaço diante da perpetuação e rearranjos constantes desses sistemas de opressão que, de um lado, seguem reproduzindo violências contra grupos vulnerabilizados, de outro, mantendo privilégios de grupos hegemônicos. Nos últimos tempos, sobretudo nos últimos quatro anos, testemunhamos inúmeros e graves retrocessos na promoção de direitos humanos no Brasil, atingindo especialmente os grupos mais vulnerabilizados. Para mim, esse processo que vivenciamos – e ainda temos vivenciado – é uma verdadeira manifestação de ódio à Democracia e a seus efeitos de inclusão desses grupos vulnerabilizados: mulheres, pessoas negras, quilombolas, indígenas, comunidade LGBTQIAP+, entre outros. Precisamos permanecer atentas/os, pois esse ódio não foi inteiramente dissipado e os ataques persistem das mais variadas formas. Apesar de todas as dificuldades, para mim, desistir nunca foi uma opção. Desistir seria abdicar da responsabilidade de garantir uma sociedade efetivamente democrática para futuras gerações; seria deixar de acreditar na possibilidade de construirmos coletivamente uma justiça pluriversal.


AAB: Você é mãe de duas filhas, Isadora e Iara. Em que medida a responsabilidade de educar duas pessoas pesa em suas decisões no dia a dia?

LSV:
Existe um ditado africano que diz que para criar uma criança é preciso toda uma comunidade. A carta mandinga de 1235 – que, em geral, desconhecemos por conta do epistemicídio – trazia como um de seus princípios a responsabilidade coletiva pela criação e educação das crianças. Mas a tendência, na nossa sociedade sexista e patriarcal, é imputar prioritariamente ou, até mesmo, exclusivamente às mães a responsabilidade pelos cuidados e pela educação das crianças, o que faz com que mulheres tenham que enfrentar mais obstáculos nas suas relações sociais e profissionais do que os homens. Tento exercer uma maternidade sem culpa, o que não é nada fácil, diante dos preconceitos e exigências de uma sociedade que estabelecem cobranças e questionam atitudes de mulheres a partir de padrões sexistas. Não é comum que homens sejam questionados sobre suas escolhas pessoais e profissionais pelo fato de serem pais. Já as mulheres são cotidianamente confrontadas com perguntas como: “com quem você vai deixar suas/seus filhas?” ou “e sua família concorda com essa decisão?”. Então, sim, o fato de ser mãe de duas meninas afeta as minhas decisões, não apenas com foco na criação e educação delas, mas também de outras crianças, já que me compreendendo como alguém que tem responsabilidades coletivas para além da minha própria família. Assim, penso que todas as pessoas adultas que se comprometem com as gerações futuras devem ter, em maior ou menor medida, seus comportamentos e decisões afetadas pela missão de criar e educar nossas crianças, ainda que não tenham filhas/os biológicas/os.

AAB: É possível termos um país mais justo? Como as pessoas, em suas atuações individuais, podem contribuir para uma sociedade menos desigual, na sua opinião?

LSV:
Eu tenho dito que precisamos transformar indignação em ação. Muitas pessoas se dizem indignadas com as injustiças, com as desigualdades, mas nada fazem de concreto para mudar a realidade. As pessoas se preocupam apenas com o seu próprio umbigo e com o seu núcleo familiar. Na verdade, temos uma visão muito limitada e individualista do que é ser uma pessoa bem-sucedida; contentamo-nos com uma carreira de sucesso e em acumular bens. Mas é apenas esse mesmo o nosso papel? O que fazemos para construir uma sociedade mais justa? É preciso, então, transcender o mero discurso e partir para a prática. Se observarmos melhor o mundo ao nosso redor, seremos capazes de compreender como podemos, cada um/a a partir de suas condições sociais/profissionais afetar positivamente a vida de outras pessoas. Essas atitudes podem assumir diferentes dimensões. Por exemplo, priorizar empreendedoras/es negras/os quando for consumir produtos e serviços; estimular e apoiar o acesso à educação para quem realiza serviços doméstico em sua casa; questionar a ausência de equidade de raça e gênero na instituição em que atua etc. 


AAB: O MIPAD (Most Influential People of African Descent - Pessoas de Descendência Africana Mais Influentes do Mundo), entidade chancelada pela ONU, defende, através de carta aberta ao presidente Lula, sua indicação ao Supremo Tribunal Federal, assim como a organização não-governamental Educafro, que incluiu sua indicação em uma lista de 10 pessoas negras como sugestão para a vaga da ministra Rosa Weber, que se aposentará em outubro. Como você recebeu estas notícias e qual a importância de uma nomeação como esta do ponto de vista dos valores que você prega?
 
LSV:
Recebo essas notícias como um desafio de abrir caminhos para a construção de uma justiça pluriversal. É um lugar no qual nunca me imaginei, até ser provocada pelos movimentos sociais sobre a importância de uma mulher negra comprometida com a democracia e com trajetória de proteção dos direitos humanos nesse espaço. Num Estado Democrático de Direito, todas as instituições, sobretudo as públicas, deveriam refletir minimamente a diversidade da população brasileira. Mas isso não acontece no Brasil e o sistema de justiça não é uma exceção. Nunca tivemos uma mulher negra como Ministra do Supremo Tribunal Federal nos seus mais de 130 de instituição. Ouço as pessoas dizerem que raça e gênero não importam para um cargo como esse. Se não importa mesmo, por que quase que exclusivamente homens brancos mereceram ocupar esse lugar ao longo da história? Dizem: “o que importa é a competência!” Então, não temos mulheres negras com competência para assumir esse lugar? As pessoas não notam como esse tipo de discurso reproduz racismo e sexismo. Precisamos de uma Justiça que tenha a cara do povo brasileiro, que entenda as demandas por direitos que surgem dos grupos mais vulnerabilizados e, para isso, todos os grupos precisam estar representados no sistema de justiça, garantindo que outras vivências e perspectivas – e não apenas a de homens brancos – sejam consideradas nas decisões.

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AAB: Você construiu uma bem-sucedida carreira acadêmica e é autora de diversos livros que estimulam o pensamento crítico. Quais os lugares da educação e do conhecimento na construção do indivíduo?
 
LSV:
A educação e o acesso a conhecimentos (no plural mesmo) é fundamental para a construção do indivíduo. O conhecimento liberta! Mas aqui não me refiro apenas ao conhecimento acadêmico, dito científico, mas a outros tantos saberes que são adquiridos, por exemplo, em comunidades quilombolas, indígenas, ribeirinhas, comunidades de marisqueiras, de matriz africana e que são ignoradas ou mesmo apagadas numa sociedade estruturalmente racista.


AAB: Em suas palestras, você provoca o público ao abordar temas necessários, como racismo institucional, e questionar falhas no sistema de Justiça. Esses debates também te trazem reflexões?
 
LSV:
Sempre. Eu sempre aprendo muito nesses debates que são, para mim, uma troca. Não aprendemos se não estamos abertas/os a escutar outras opiniões e perspectivas diferentes das nossas. Sempre digo que nós, integrantes do sistema de justiça, somos servidoras/es públicas/os. E, então, questiono: como servir a alguém que você não conhece e que você não escuta?


AAB: Você é uma das 100 pessoas de descendência africana mais influentes do mundo, de acordo com o MIPAD. Recebeu a homenagem por conta do trabalho de combate ao racismo e à intolerância religiosa que vem desenvolvendo junto ao MP da Bahia. Qual a reflexão e o impacto que esta conquista te trouxe?
 
LSV:
Recebo essa homenagem não como uma honraria individual, mas como o reconhecimento da importância do trabalho realizado no enfrentamento ao racismo e na promoção da igualdade racial. E se se trata de um trabalho reconhecido, espera-se que ele possa ser difundido, inspirando outras pessoas a assumirem o compromisso de serem antirracistas, não apenas em seus ambientes profissionais, mas em todos os âmbitos de suas vidas.


*Com produção de João Victor Moraes. Fotos: Webster Santana e Patricia Souza


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3 Jul 2023

Vanderson Nascimento faz aniversário e fala sobre profissão e origem do bordão ‘Deus me livre não ser baiano’

O jornalista e apresentador do Bahia Meio Dia, na TV Bahia, Vanderson Nascimento, completa nesta segunda-feira (3) 39 anos de idade. Nascido e criado no miolo da cidade, o bairro de Cajazeiras, Vanderson se orgulha das origens e do caminho profissional que percorreu, que nem sempre apontou o jornalismo. Além da profissão, tem também como grande paixão a Bahia. O amor é tanto que ele ficou conhecido pelo bordão "Deus me livre não ser baiano", que rendeu até uma música do cantor Saulo. 

Em entrevista ao Alô Alô Bahia, Vanderson contou como chegou ao jornalismo, como surgiu o bordão e o que há para agradecer e pedir neste aniversário. Confira:

Amor pelo jornalismo

Mesmo apaixonado pela escrita, os passos profissionais de Vanderson o levaram primeiro à faculdade de Direito. Mas por lá ele não passou nem mesmo um semestre inteiro. Chegou a pensar na área de engenharia, mas, relembrando seu talento e pesquisando muito, decidiu investir no jornalismo. “Hoje sou apaixonado e muito realizado na minha profissão; não consigo me imaginar fazendo outra coisa”, diz ele.
 
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“O jornalismo tem um papel social importantíssimo, ainda mais num país tão desigual como o Brasil e num estado tão desigual como a Bahia. É um papel, ao mesmo tempo, transformador, educador e crítico”, aponta.

Formado, Vanderson passou três anos em Portugal fazendo Mestrado em Comunicação na Universidade de Coimbra antes de ter seu rosto realmente conhecido pelos telespectadores baianos. Da TVE, foi para a Band e, finalmente, chegou à TV Bahia, primeiro como repórter e, em seguida, como apresentador. Marcado pelo talento, carisma e, claro, pela insistente e bem humorada expressão de que o Bahia Meio Dia começa às 11h45 – nem um minuto a mais, nem um minuto a menos –, ele é reconhecido por onde passa e diz adorar o carinho do povo baiano. 
 
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“O povo é muito massa comigo; eu sou feliz demais com essa troca porque eu percebo que as pessoas gostam e torcem por mim, que é genuíno. Isso é um presente, é como se fosse um salário a mais. Nosso povo é maravilhoso e saber que o povo daqui vibra comigo é bom demais! Toda vez que eu saio, vou a algum lugar ou a alguma festa popular como Yemanjá e Bonfim, é incrível conversar com as pessoas, sentir a energia”, conta.

E ele comemora poder, como apresentador, aplicar um pouco do seu jeito próprio de fazer jornalismo. “É muito satisfatório trabalhar numa TV de grande alcance e ter a oportunidade de fazer um jornalismo com a minha cara, que é um jornalismo leve, espontâneo, do meu jeito mesmo. Claro que nem sempre dá para ser leve, temos notícias pesadas, mas sempre que possível eu faço com leveza. Eu acredito que, ainda mais na televisão, num horário de almoço, tentar ser leve é uma luta”, coloca Vanderson. 
 
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‘Deus me livre não ser baiano’

Além do famoso “11h45”, outra expressão que é fácil de ler como se Vanderson Nascimento estivesse falando dentro da sua cabeça, é o “Deus me livre não ser baiano”. Deixando transparecer sua paixão pela Bahia e pelos baianos também no campo profissional, Vanderson repetiu tanto a frase na TV que ela virou bordão e caiu no gosto do povo. “Tudo que aparecia que era muito a cara da Bahia, que enaltecia, eu falava a expressão, de forma natural mesmo. E falava com essa empolgação porque de fato é o que eu penso. Aí foi chamando a atenção das pessoas, ganhando força”, relembra. 

Mas Vanderson só foi se dar conta mesmo da proporção da fama de seu bordão quando fãs passaram a entregar na sede da TV Bahia diversos presentes para ele com a frase. “É copo de cerveja, quadro, camisa, chaveiro, pulseira, tudo! E guardo até hoje!”. 

Logo depois o bordão virou uma música. Isso mesmo! “Eu estava em casa e comecei a receber um bocado de notificação nas redes sociais. Quando eu fui olhar, era o pessoal falando que Saulo tinha feito uma música com minha frase”, conta Vanderson. Ele disse ter demorado para entender que era real e a ficha só foi começar a cair quando Saulo entrou em contato e falou que o bordão inspirou a música. 
 
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Para a ficha cair de vez, foi preciso ouvir a música sendo cantada por Saulo em cima do trio elétrico no Circuito Campo Grande no Carnaval de Salvador de 2023. Ali não tinha como não se dar conta do fenômeno. Milhares e milhares de foliões pipoca cantavam e dançavam a música formando uma multidão linda de se ver de lá de cima. Vanderson estava trabalhando num estúdio da TV Bahia montado para a festa que se parecia com um camarote, Ele olhava para o povo e o povo olhava para ele, como quem diz ‘Olha só, a sua música! Está vendo?’. 

“Aquela multidão cantando e as pessoas olhando para mim porque sabiam que eu tinha inspirado a música. Aquele momento ali nunca mais vai sair da minha cabeça, vai ficar gravado na minha memória até meu último dia”, diz. 
 
Meu país Bahia

O amor pela Bahia vem de uma percepção de realidade muito lúcida; vem de captar e entender a riqueza deste lugar. “A Bahia consegue ter um extremo sul lindo, com praias como Prado, Alcobaça, Porto Seguro; consegue ter um norte incrível como é Casa Nova, Juazeiro; um oeste que é uma potência; o centro com um semiárido com a Chapada Diamantina; um litoral norte belíssimo”, destaca. 

“A Bahia é um país! A gente brinca com a expressão ‘meu país Bahia’, mas é real. São biomas diferentes, climas diferentes, sotaques diferentes, culturas diferentes. Em Salvador, cada canto tem uma história, é uma cidade de tanta mistura, de tanta diversidade. Obviamente, tanto a cidade como o estado têm muitos problemas a serem resolvidos, mas, acima de tudo, têm um povo que ama e sabe viver esses lugares. A gente tem alguma coisa que só a gente tem. Já dizia Jorge Amado, ‘A Bahia é um estado de espírito’”, acrescenta. 
 
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Aniversário e o início de um novo ciclo

Para Vanderson, seu aniversário é o seu Réveillon. É hora de pensar sobre o ano que passou, agradecer e fazer planos para o que se inicia. Nesta passagem de ano, quer agradecer pelas conquistas e pelas pessoas que tem por perto, e buscar ser uma pessoa cada vez melhor. 

“Aniversário é um momento de muita reflexão para mim. Quando vai chegando perto, eu começo a pensar em como foi o ano e a agradecer por tudo. Eu tenho que agradecer pela minha família, pelas pessoas que então a minha volta, pelas oportunidades; agradecer à vida mesmo. Eu quero celebrar a vida, celebrar as coisas boas, tentar ser uma pessoa melhor a cada dia”, finaliza Vanderson.

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Fotos: Reprodução/Redes Sociais

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28 Jun 2023

Saiba como será show de BaianaSystem no 2 de Julho: ‘Contará uma história’, diz guitarrista Roberto Barreto

No próximo dia 2 de julho, será comemorado o Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia. Após as tradicionais cerimônias, como a alvorada com queima de fogos e o cortejo cívico da Lapinha ao Campo Grande, a noite será de música e dança.

A partir das 19h, no palco Praça Visconde de Cairu, acontece o ‘SAMBAQUISHOW’, da banda Baiana System com os convidados Lazzo Matumbi, Rachel Reis, Claudia Manzo, Liz Reis, Elivan Conceição, Caboclos de Itaparica, Afrosinfônica e Vandal. Esta não será a primeira vez do grupo nas comemorações do Dois de Julho, mas será a primeira com um show criado especificamente para a data. 

O Alô Alô Bahia conversou com Roberto Barreto, o guitarrista e integrante fundador da banda, sobre o show e também sobre os planos da turnê com o grupo Olodum e do Carnaval de 2024. Confira:
 
Alô Alô Bahia: O que o público pode esperar da apresentação? Haverá algo de diferente do que já estamos acostumados a ver nos shows de baiana?

Roberto Barreto: No Dois de Julho de 2019, a gente se apresentou com a Orquestra Sinfônica da Bahia na Concha Acústica e foi um show muito impactante, justamente pela data. Naquela apresentação, a gente já trazia alguns dos elementos relacionados ao Recôncavo e à Ilha de Itaparica, que têm ligação direta com o Dois de Julho, mas o ‘SAMBAQUISHOW’, que a gente apresenta no próximo domingo, é uma criação mais específica para celebrar o Bicentenário da Independência. O show será resultado de um mergulho ainda maior da gente nos assuntos relacionados à parte histórica, com a presença do pesquisador Felipe Brito, da Ilha de Itaparica, que também contribuiu com o roteiro da apresentação. A gente juntou personagens que fazem parte do universo do BaianaSystem e que remetem diretamente às lutas pela Independência, como o Corneteiro Luís, o Capim Guiné - que representa o Caboclo - e Maria Felipa. Será um show que contará uma história, que trará a presença de caboclos e fanfarras, mostrando a importância dessa data para o povo baiano e para o Brasil.
 
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AAB: De que forma BaianaSystem e os convidados do show se conectam com o Dois de Julho?

RB: A gente percebeu que já tem uma grande conexão com o 2 de Julho. No disco “O futuro não demora”, que foi construído na Ilha de Itaparica, contamos uma história a partir da temática das lutas pela Independência por lá. O próprio “OXEAXEEXU” é o disco que traz o “Corneteiro Luís” e outros personagens que ajudam a contar essa história. O clipe de “Reza forte”, que é a música que abre esse disco, foi gravado na Ilha de Itaparica, com a presença dos Caboclos de Itaparica, que vão estar no show. A escolha das participações seguem a linha de artistas que se conectam com o assunto também e com o que a gente quer contar. A Orquestra Afrosinfônica e o maestro Ubiratan Marques vêm participando dessa história desde “O futuro não demora”; Elivan Conceição é um bailarino  e coreógrafo que já participa de shows nossos e faz o Capim Guiné; Lazzo traz a importância do seu canto e a história do povo negro; Rachel Reis é uma artista da nova geração, mas que fala muito da nossa cidade; Vandal, que é um cronista, traz a rua muito forte e fala sobre os enfrentamentos e as vidas das pessoas; Liz Reis é uma cantora lírica que teve sua formação no Neojibá e participou do disco OXEAXEEXU cantando “Guerra Batalha”, uma música muito forte; e Claudia Manzo, cantora chilena que tem participado dos shows do Baiana, traz a América Latina e as lutas por direitos civis para esse contexto.
 
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AAB: Como estão os planos para a turnê com o Olodum? Já tem data? Podem dar algum spoiler?

RB: Do OLODUMBAIANA, nós temos um show no Coala, que é um festival importante que acontece em São Paulo, no dia 15 de setembro. Nós vamos fazer esse show com o Olodum, que é um projeto que surgiu da apresentação que fizemos em Salvador no Festival de Verão de 2023, em janeiro, e que vai virar um álbum. No momento, temos essa apresentação em setembro. Não sabemos se haverá outras, mas o nosso desejo é rodar com esse show pelo Brasil.
 
AAB: E para o Carnaval de Salvador de 2024? Já estão pensando sobre o que vão repetir e o que terá de novidade?

RB: Apesar de algumas coisas já estarem sendo pensadas, ainda é muito cedo para falar sobre o Carnaval. A gente ainda não tem definições de como as coisas irão acontecer.


Fotos: Reprodução/Redes Sociais, BaianaSystem/Divulgação e Anderson Carvalho/Divulgação

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28 Jun 2023

Rosário Magalhães celebra aniversário com entrevista especial ao Alô Alô Bahia

Rosário Magalhães celebra nova idade nesta quinta-feira (29) de forma íntima, cercada pela família. Formada em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), com pós-graduação nas áreas de administração e recursos humanos, tornou-se uma figura ativa tanto na iniciativa privada quanto na pública, principalmente por seu foco no empreendedorismo social, tema atual que ajudou a difundir na Bahia nos últimos anos. Casada com Antonio Carlos Magalhães Júnior e mãe de ACM Neto e Renata de Magalhães Correia, aprendeu a conciliar a vida profissional com a pessoal e a comemorar conquistas de olho nos próximos passos. “Sonho com um mundo menos violento e com mais oportunidades para todos”, diz. Leia a seguir a entrevista exclusiva concedida ao Alô Alô Bahia

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Alô Alô Bahia: A senhora celebra seu aniversário nesta quinta-feira tendo uma experiência de vida bastante vasta, seja na iniciativa privada ou na pública. Em tudo isso, o que mais a deixa orgulhosa nessa trajetória? 

Rosário Magalhães: Quanto à minha trajetória, posso dizer que foi e é de muita aprendizagem e dedicação, o que me fortalece para o enfrentamento dos mais diversos desafios. O que mais me deixa orgulhosa é ter conseguido conciliar a vida profissional com a pessoal, buscando sempre dar o melhor de mim. 
 
AAB: Sua atuação no Parque Social foi destacada e rendeu muitos frutos para Salvador, principalmente na área social e com o empreendedorismo. Quais os principais resultados que a senhora cita desse trabalho?  
RM: Trabalhar com foco no empreendedorismo social foi um grande desafio pois exige se ter um olhar muito mais emancipador, valorizando o potencial das pessoas e comunidades, com uma visão menos assistencialista, e o firme propósito de contribuir para a redução das desigualdades sociais. 
 
AAB: A senhora é formada em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e tem pós-graduação nas áreas de administração e recursos humanos. O que estas formações lhe proporcionaram em termos de compreensão da sociedade?  
RM: Eu sempre fui muito intensa em tudo em que me envolvo. Busquei através de todo o meu histórico de aprendizagem compreender a realidade, atuando com seriedade e respeito a todos, especialmente aqueles que mais precisam. No meu entender, participar do ambiente político é uma grande chance que temos de poder contribuir alguma forma com a realidade que nos cerca e eu agradeço a Deus as oportunidades que tive de desenvolver projetos de relevância, a exemplo do Parque Social.  
 
 AAB: A senhora tem uma relação muito profunda e participativa com a família. Qual o papel que tem a família em sua vida?  
RM: Quem me conhece sabe que a família é minha maior prioridade, pois acredito que se construirmos uma família com valores sólidos, estamos contribuindo para uma sociedade mais fortalecida, pois a família é a base da sociedade. 
 
AAB: Como busca força para enfrentar as adversidades? 
RM: Quando você me pergunta sobre a forma como enfrento as adversidades, onde busco forças, eu só tenho uma resposta que é: primeiramente na fé em Deus, pois acredito que tudo tem uma razão de ser e que nem sempre o melhor é aquilo que pensamos ou desejamos para nossas vidas. Busco também o apoio da família e dos amigos, pois nem sempre somos fortes para enfrentar tudo sozinhos. 
 
AAB: Qual foi o momento mais difícil em sua trajetória?  
RM: Na minha trajetória de vida um dos piores momentos foram os vividos no período da pandemia, mas também foi o período em que me fortaleci ainda mais na fé, orando diariamente para que acabasse com tanto sofrimento e que iluminasse meu filho, que na época era prefeito [de Salvador], para que conduzisse da melhor forma sua gestão.  
 
AAB: Hoje, qual é o seu maior sonho?  
RM: É, com certeza, o que acredito ser o da maioria das pessoas: ter saúde, paz e um futuro melhor para todos os filhos. Um mundo menos violento e com mais oportunidades para todos. 
 
Fotos: Elias Dantas ( Alô Alô Bahia ) e Divulgação.   

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25 Jun 2023

Cauã Reymond vem a Salvador para gravar campanha de lançamento imobiliário: 'Estou vendendo algo que gosto e busco'

Cauã Reymond desembarcou em Salvador, neste domingo (25), quando gravou e fotografou para a campanha publicitária do Biosphere by Cauã Reymond, empreendimento em que ele é sócio na cidade. As gravações aconteceram no stand do condomínio, na Avenida Paralela, em dois apartamentos decorados, que o ator visitou ao lado da filha.

Na rápida passagem pela capital baiana, Cauã conseguiu um tempo para conversar com o Alô Alô Bahia e falou sobre o empreendimento que traz um conceito de moradia inspirado no seu lifestyle, os caminhos que o levaram a entrar no mercado imobiliário e sobre a sua relação com a cidade. Reymond retorna para o Rio de Janeiro ainda neste domingo. 

Confira nosso papo com ele:
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Alô Alô Bahia (AAB): O que te levou a entrar no mercado imobiliário?

Cauã Reymond (CR): Me pararam em um voo e disseram que tinham uma coisa maravilhosa pra mim. Confesso que nunca entrei em territórios que desconheço. Meu empresário e sócio, Luciano Ribeiro, evoluiu na conversa e disse para vermos se dava em alguma coisa. Construímos uma relação muito sólida com Marcus Araújo. Ele é um visionário do mercado imobiliário brasileiro, é uma pessoa que passa segurança, um cara muito sério. E cresceu! É uma coisa sincera. Eu sou um cara que prezo pela qualidade de vida. Estou vendendo uma coisa que gosto, procuro e busco. Eu tô muito feliz que estamos tendo êxito e o palco está crescendo. Comecei a ver que esse sonho pode ser um projeto interessante para as pessoas e para o Brasil.

AAB: O que te motivou a escolher Salvador?

CR: Eu adoro Salvador. Tem um axé muito gostoso, sempre que eu vim, fui muito bem recebido. Gosto das comidas, gosto das pessoas, gosto dos atores...

AA: O estilo de vida de Cauã Reymond combina com Salvador?

CR: Combina muito. É um estilo de vida saudável, alegre. A gente está na frente do metrô aqui em Salvador e isso facilita a vida das pessoas. Com o Biosphere aqui, posso voltar mais.

AA: Quais lugares te marcaram em Salvador?

CR: Pelourinho, onde já fiz evento durante o Carnaval. Já fui surfar numa praia aqui perto, um lugar que tinha coral e foi incrível, foi uma delícia!
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AAB: Quando você está em Salvador, o que não pode faltar na sua agenda de compromissos?

CR: Eu preciso me conectar com a natureza sempre. Cair no mar, não pode faltar.

Interessados em conhecer mais sobre o Biosphere Essence podem visitar o stand de vendas, localizado na Avenida Paralela, 2525, em frente à estação de metrô do Imbuí.
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Sabrina Sato, Cauã Reymond, Abravanel: veja 10 negócios abertos por famosos na Bahia

* Por Kirk Moreno. Foto: Saulo Kainuma.

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22 May 2023

Da reprovação no vestibular de Música ao reconhecimento: Armandinho fala sobre receber Honoris Causa da Ufba aos 70 anos

Idealizador do trio elétrico e da guitarra baiana, o instrumentista, cantor e compositor Armandinho Macêdo completa, nesta segunda-feira (22), 70 anos de idade. De presente de aniversário, ele recebe, no próximo dia 24, o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Em entrevista ao Alô Alô Bahia, Armandinho abriu o coração sobre suas conquistas ao longo desses 70 anos e sobre o que a condecoração da Ufba vai representar em sua vida. Confira:

Alô Alô Bahia: Como se sentiu ao saber que receberia o título de Honoris Causa da Ufba?

Armandinho Macêdo: O maestro Alfredo Moura indicou meu nome e a indicação foi muito bem recebida na universidade. Mas isso tudo foi uma surpresa para mim, eu realmente não esperava porque é algo que não é para todo mundo, temos nomes como Gilberto Gil, Maria Bethânia; imagina só. Até porque eu sou um músico que não sei música, nunca tive nenhum preparo no campo da teoria musical. Eu inclusive fiz o vestibular da Ufba para Música e perdi, mesmo com três discos já gravados, e passei em Artes Plásticas. Quando que eu ia imaginar que receberia por conta da minha música o título Honoris Causa da instituição que me reprovou no vestibular para o curso de música? Fico muito grato e dedico esse título ao meu pai [Osmar Macêdo] porque ele foi o cara que me preparou musicalmente, foi o meu inspirador, quem me deu essa paixão pela música, pelo trio elétrico, por tudo isso que eu venho fazendo na minha vida. 

AAB: De que forma você acha que contribuiu com a cultura baiana? 

AM: É muito bom olhar para trás e ver tudo o que aconteceu, tudo que foi construído. Mas eu nunca fiz música com o objetivo de deixar um legado, de fazer algo grandioso. Eu toco porque isso é a minha vida, é a minha grande paixão. Tudo o que eu faço na música é natural, mas claro que ao longo do tempo vamos percebendo as marcas que vamos deixando. As pessoas chegam para me dizer que começaram a tocar por minha causa; eu acho que isso diz alguma coisa e é algo que me toca, me deixa muito emocionado. Uma vez um jornalista me procurou dizendo que estava fazendo um livro sobre a história do bandolim e chegou até mim porque muitos músicos falaram sobre a influência que eu tive. E eu fiquei totalmente surpreso com aquilo. São pessoas que se tornaram músicos a partir de uma influência minha, pessoas de fora que passaram a conhecer o bandolim brasileiro e a guitarra baiana por minha causa. Isso é sensacional, eu fico muito feliz de ver que deixo um impacto positivo na cultura de uma forma geral e na vida das pessoas. 
 
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AAB: Como a música baiana contribuiu com a sua formação e a sua personalidade?

AM: A música é o meu sustento em todos os sentidos. É difícil colocar em palavras o que a música representa para mim. É algo que vem de dentro, que é tão naturalizado que a gente não sabe explicar. Aprendi a tocar como as pessoas aprendem a comer. Faz parte da minha essência. Quando veio a pandemia, isso bateu de uma forma muito forte. Eu não sou nada sem a música, sem poder tocar. Música é a única coisa que eu sei fazer. A melhor coisa foi poder voltar a fazer os shows. 

AAB: Que balanço você faz, num quesito mais pessoal, desses 70 anos vividos? 

AM: A melhor coisa é poder ver que chego aos 70 na ativa, fazendo música. Depois da pandemia, parece que minha vida movimentou muito mais do que antes dela. Do ano passado para cá foram quatro idas para fora do Brasil para fazer shows. Essas coisas me animam. Eu acabei de voltar de uma turnê internacional, já são diversos planos até o final do ano. Estou muito feliz. 

AAB: Quais são os planos para o futuro? 

AM: No final de junto eu tenho shows na Europa. Vou abrir, com a Cor do Som, um show de Maria Bethânia em Portugal. Depois, faço uma turnê com o violinista brasileiro Yamandu Costa porque gravamos um disco juntos, que será lançado no final do ano. 

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Foto: Reprodução/Redes Sociais.