Raio-X: Pedro Ariel Santana

Pedro Ariel Santana nasceu em Antas, no interior da Bahia, onde morou até os 13 anos. O ano mais feliz da vida dele – segundo o próprio – foi 1980, quando veio morar em Salvador, na casa de sua avó materna. “A cidade era fascinante, cheia de cultura, festas e magia: um oásis para um adolescente vindo do interior”, diz ele.

Pedro estudou arquitetura na UFBA e depois, com 22 anos, já graduado, foi morar em São Paulo. Lá, com a cara e a coragem, abriu um novo leque de possibilidades. Trabalhou com grandes nomes da arquitetura de interiores, como Arthur Casas e José Duarte Aguiar.

Em seguida, à noite, estudou jornalismo. Há 17 anos entrou na redação da Casa Claudia, do Grupo Abril, onde fez carreira: começou como repórter e hoje é diretor de redação. Com vocês, um exemplo do tipo de pessoa que mais gostamos: as que nasceram para brilhar. Confiram:

Fez se forte, para: Fazer o que deve ser feito. Aquilo que o coração mandar...

Na vida, a maior loucura: É viver. Reto, correto, sem medo de ser feliz...mas, como diz Riobaldo em Grandes Sertões, “ Viver é perigoso”.

Na sociedade, um blefe: A vida fechada em guetos: os amigos do clube tal, a patota do colégio X, a turma do condomínio Y... Argh!

Onde um arquiteto não pode errar: Na proporção.

Seu maior objetivo: Fazer um bom trabalho, sempre.

Quem se passa em Salvador: Quem anda renegando a velha Salvador, o centro da cidade. Temos um patrimônio arquitetônico incrível – o melhor e mais importante do Brasil – e ninguém dá muita bola. E não falo somente dos governantes.

Sonho de consumo: Um daqueles mega apartamentos no Corredor da Vitória. Quem sabe decorado por David Bastos, com fotos do Mario Cravo Neto e telas do Almandrade – todos baianos.

Uma frustração: São tantas... mas talvez a maior delas é ver Salvador tão abandonada. O que estão fazendo com o Porto da Barra, pelo amor de Deus?

O maior equívoco: A política de ocupação da Orla de Salvador (a antiga e a atual).

Pra fazer e acontecer: Se soubesse o que fazer para acontecer de uma maneira bacana e honesta... já teria acontecido, rsrs...

Se sua vida fosse um poema, seria: Qualquer um de Fernando Pessoa ou de Walt Whitman, que souberam como ninguém revelar as contradições da alma humana.

Foto: Reprodução.

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