Filipinha - #SoQueNão

#soquenão

                                                                                                                     Filipinha

Minhas sinceras desculpas pela crise de anglicismo que se abateu sobre mim no nosso último encontro. Foi um surto ou algo assim, #soquenão. (rindo)

Na verdade, acho que foi uma overdose do idioma emergente favorito, somado ao sol causticante e um pouco de álcool. Este nunca é um bom conselheiro. Agora estou encantada com a linguagem da web supermoderna, do tipo #soquenão. (rindo muito). Tem umas gentes que adoram falar expressões estrangeiras – é engraçado, sobretudo quando o falante não tem qualquer familiaridade com a língua original da expressão. É como se eu fizesse trocadilhos em russo – inteiramente impossível. Enfim ...

O verão esquenta mesmo as pessoas. A luminosidade (com mais um pouquinho de álcool) libera a libido das almas sedentas por se perderem. Às vezes libera muito. Numa dessas festas onde as pessoas se torturam de calor, bem no meio da tarde, um casal famoso chamou atenção pelo desinibido dos amassos que trocavam. A festa era pequena e o desenfreio da paixão me levava a crer que se alguém passasse no raio de alcance do molusco humano, que formavam, seria imediatamente incorporado ao mexido. Uma coisa. Depois de tanto calor público, foram se refrescar num lugar conhecido como Sarau do Brown, #soquenão. Este lugar também é uma fornalha. Enfim: o que é de gosto, regalo da vida!

Exaurida pelas festas pré-carnavalescas – incontáveis; resolvi me guardar uns 2 dias. Foi o que deu. A jornada até o Carnaval é longa e permeada de surpresinhas desagradáveis. As feijoadas, por exemplo, são horríveis; uma prática incompreensível. Imagine 100% de umidade e 35 graus de temperatura, somado a comida ruim e pesada, música alta (som de péssima qualidade) e muita gente aos gritos. Uiii. Um sofrimento. No evento Du Brown ao menos a música é de excelente qualidade.

Assim mesmo, um pouco descrente, vou me arriscar. Vou me jogar nesse Carnaval. Rafael disse que vai comigo. Acredito muito não. Enrabichado. Mas eu vou. Vou ver o Olodum sair – que é muito, muito excitante. E vou no Furdunço (nome gira, fixe), invenção do piccolo Guilherme Bellintani. E não vou perder o Baile de Máscaras de Marta Góes. Pena que fui dissuadida a usar um logo Lanvin, com cauda. Tinha usado em Veneza, mas me informaram que era o dress code errado. Vou usar uma máscara caríssima e vou com um segurança bem grande, por via das dúvidas. Alguns amigos de São Paulo vem. Vão na Brahma. Tem um camarote que não me convidaram – mas soube que não tem convites, só ingressos. Assim não, né Edgar?!

E tem o Camarote Salvador – muito menino, mas muito luxuoso, Minha cara! Vou todos os dias. Aliás, vou me desdobrar para dar conta do 2222 – prometo ir.

Então se comportem; circulando por tantos lugares terei muito o que contar e, saibam, serei muito, muito indiscreta; afinal é Carnaval.

Foto: Reprodução.

   

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