Antônio Zambujo na Concha

Antônio Zambujo na Concha

17 NOV 2017

21h

Concha Acústica do Teatro Castro Alves

R$ 140 (inteira) a R$ 40 (meia)

Com mais de 100 concertos agendados em vários países, incluindo o Brasil, o português António Zambujo tornou-se um dos maiores artistas de seu país, capaz de agradar aos mais distintos públicos. Dos mais sofisticados aos mais simples, Zambujo é popular sem ser popularesco, ou “popularucho”, como se diz em Portugal, e segue lotando teatros tradicionais como os Coliseus do Porto e Lisboa, ganhando prêmios e emplacando canções nas listas de mais vendidos nas lojas digitais. O agora também “Comendador” – ele recebeu o título de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique –, António Zambujo faz uma declaração de amor à música brasileira e à obra de Chico Buarque no novíssimo álbum, que está sendo lançado no Brasil pela dobradinha MP.B Discos/Som Livre. “Até pensei que fosse minha” é o oitavo em sua discografia e conta com as participações de Roberta Sá, Marcello Gonçalves, Zé Paulo Becker e Ronaldo do Bandolim (Trio Madeira Brasil), além da sanfona de Marcelo Caldi. Em suas muitas vindas ao Brasil nos últimos anos, Zambujo já havia gravado em projetos de artistas, como Roberta Sá e Rodrigo Maranhão, mas “Até pensei que fosse minha” é o seu primeiro álbum inteiramente luso-brasileiro, gravado lá e cá, com músicos brasileiros e portugueses. Gravar Chico Buarque foi uma consequência natural para quem desde cedo escuta Tom Jobim, Vinícius de Moraes, João Gilberto, Caetano e o próprio Chico: “Escolher as canções foi a tarefa mais difícil de todas porque, em meio a tantas belezas, tanta música boa que nos traz tantas lembranças, houve muita coisa que ficou de fora. Eu teria que fazer uns trinta discos se quisesse gravar todas as músicas do Chico de que eu gosto”, pontua Zambujo. Chico, o homenageado, registrou um dueto com o cantor português em “Joana Francesa”, e com Roberta Sá em “Sem Fantasia”. Carminho, amiga e cantora da mesma geração que renovou a canção portuguesa, divide os vocais em “O meu amor”. “Com a Roberta fizemos ‘Sem Fantasia’, porque nós já cantávamos ao vivo. Para o Chico e Carminho, sugerimos essas canções e eles aceitaram”, completa. A capa do álbum reproduz uma obra da artista plástica Adriana Varejão. Sobre o momento especialmente bem-sucedido de sua carreira, o português do Alentejo, que já se sente em casa por aqui, é enfático: “Acabo por nunca pensar muito nisto. O sucesso do público é uma consequência, mas nunca tem influência nas minhas escolhas artísticas”.